sábado, 18 de março de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 2, Arábia Saudita (Qualificação)


A coisa boa destas corridas serem à noite é, para além da paisagem ser diferente, é que acontece a uma temperatura mais suportável naquelas paragens, pois ao longo do ano, mesmo num lugar mais fresco - Jiddah fica nas margens do Mar Vermelho - as temperaturas raramente descem abaixo dos 20 graus, mesmo nos tempos mais frescos no calendário, como é agora. 

A organização anunciou este ano que fez algumas modificações em algumas curvas, afastando um pouco algumas barreiras, para os pilotos poderem ter alguma visibilidade, porque a velocidade que alcançam naquele circuito pode ser estonteante. Mesmo assim, alguns pilotos não deixaram de apanhar os seus sustos nas sessões de treinos livres.   


Com o sol posto, e as luzes ligadas, a qualificação estava pronto para arrancar, perante os espectadores do local e o resto do mundo, pela televisão. Com a primeira volta no circuito, para aquecer os pneus e marcar um tempo - todos com moles, a propósito - o primeiro a marcar tempo foi Max, com 1.28,761, a exatamente meio segundo de Sérgio Pérez, e o resto a mais de um segundo, como Hamiton, que ficou a 1,3, no sexto posto provisório!  

A Red Bull já marcava posição em Jeddah: eles eram os melhores, ponto final. Para Max, só uma catástrofe o tiraria da pole.  

Havia expectativas pela Aston Martin, mas o primeiro tempo de Lance Stroll, a 1,5 segundos dos Red Bull, deixava todos em alerta. E logo a seguir, Fernando Alonso fazia um pião, perdendo tempo precioso. Mas depois conseguiu marca 1.29,484, o quarto melhor tempo, e suficiente para a Q2.

Em contraste, Logan Sargent tentava marcar um tempo, mas da primeira vez foi muuito lento, da segunda, o tempo foi anulado porque pisou o risco na curva 27 e na terceira... fez um pião! No final, foi o primeiro eliminado da sessão, logo acompanhado pelo seu companheiro, Alex Albon, de Lando Norris, no seu McLaren, dos Alpha Tauri de Nyck de Vries e Yuki Tsunoda. 

Alguns minutos depois, passou-se para a Q2, onde as coisas piariam mais fino para o meio do pelotão, sempre competitivo e que cada milésimo de segundo realmente conta.


Os Aston Martins foram os primeiros a marcar tempos, com Alonso a fazer 1.28,757, com Lelcerc a responder com 1.29,068, antes dos Red Bull entrarem na pista e, aparentemente rebentarem com tudo. Mas não aconteceu. Lembram-se de do "só uma catástrofe só o tiraria da pole", escrito uns parágrafos mais acima? Pois bem, aconteceu: na sua primeira tentativa, depois de um momento em falso quando o carro "dançou" na saída de uma curva, houve algo que quebrou dentro do carro, e ele foi lentamente para as boxes, não saindo mais de lá. 

Sem o favorito, Checo tinha tudo para ficar com o primeiro lugar. Mas Alonso também iria espreitar a sua sorte. No final, o mexicano levou a melhor sobre o espanhol, conseguindo 1.28,635, mais 122 centésimos que o veterano da Aston Martin. E claro, a fazer companhia a Super Max, ficaram os Haas de Nico Hulkenberg e Kevin Magnussen, e os Alfa Romeo de Valtteri Bottas e Guanyou Zhou.

E agora, a Q3, inesperadamente mais equilibrada que se esperava.

Alonso foi o primeiro a marcar tempo, com 1.28,925, com Stroll ainda nas boxes. Lelcerc bate o espanhol da Aston Martin, fazendo 1.28,757. George Russell aproxima-se, com 1.28,852, ficando com o segundo melhor tempo, entre Leclerc e Alonso, mas faltava Checo marcar um tempo. 

E marcou: 1.28,265. Não se pode dizer que pulverizou a concorrência, mas anda lá perto. Já tinha mão e meio no primeiro posto. 

E foi o que aconteceu. Mas quem andou melhor nem foi Alonso, nem Stroll, mas sim Charles Leclerc, que ficou com o segundo melhor tempo, com o seu tempo na primeira tentativa. Houve ameaços do canadiano da Aston Martin, mas não conseguiu melhor que o sexto tempo, num duelo a três, porque Russell ainda se meteu no barulho. Claro, o monegasco não aproveitará esse lugar por causa da penalização de 10 lugares por causa da peça que a Ferrari teve de trocar. Ou seja, é Alonso que herdou o segundo posto, e a mostrar que existia equilíbrio, quando os Red Bull tinham problemas. 


Amanhã veremos como será. Especialmente com um Max enfiado no meio do pelotão, a querer passar o mais rapidamente possível para chegar à frente da corrida, numa pista rápida, mas apertada.           

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