E isto num rali já marcado pelas desistências de Ott Tanak, o primeiro líder do rali finlandês, de Esapekka Lappi, e sobretudo, de Kalle Rovanpera, que dominava nas classificativas até se despistar na oitava especial, capotando o seu carro e não podendo continuar devido aos enormes danos no seu Toyota.
Como sempre, o primeiro dia começou de véspera, quando máquinas e pilotos andaram nas ruas de Jyvaskyka, num misto de pouco menos de três quilómetros e meio, e ali, Ott Tanak conseguiu ser o melhor, 0,6 segundos na frente de Thierry Neuville e 0,7 sobre Kalle Rovanpera. Contudo, logo de manhã, na primeira passagem por Laukaa, Katsuta Takamoto surpreendeu e triunfou na especial, meio segundo à frente de Elfyn Evans e 1,3 sobre Kalle Rovanpera.
Este reagiu e triunfou na primeira passagem por Lankamaa, 1,8 segundos na frente de Evans, 4,4 sobre Neuville e 5,1 sobre Lappi, quando Tanak sofreu problemas de motor e acabou por desistir. No final, ele não escondia a sua desilusão.
"Em algum lugar muito rápido, parece que tocamos a rocha ou algo na estrada em uma compressão. Obviamente quebrou a proteção do cárter e por baixo posso ver que o motor estava rachado. Fora isso, não é claro, mas posso ver que o óleo do motor foi-se e o motor está claramente quebrado. É bem provável que haja um buraco no motor em algum lugar, então acho que este rali deve estar acabado para nós", sentenciou o piloto estónio, no final dessa especial.
Rovanpera continuou ao ataque, nas classificativas da tarde, com vitórias nas segundas passagens por Laukaa e Lankamaa, mas Evans não o largava, com a diferença a não ser maior que 0,4 segundos nas especiais, acabando no final da sétima especial com uma vantagem de 5,7 segundos sobre o seu companheiro de equipa. Neuville perdia o quarto posto a favor de um Takamoto que parecia estar em casa nas especiais finlandesas.
O belga testemunhou o acidente, na sua passagem pelo local.
"Obrigaram-nos a abrandar, não sei, 800 metros antes do acidente. As pessoas estavam acenando e eu estava acelerando e parando quando na verdade a estrada estava livre. É o que é, fiz o que pude para ser honesto."
Com tudo alterado, Evans era agora o novo líder, com Neuville a 10,9 e Katsuta a 13,3.
O belga partiu para o ataque à liderança, conquistando a especial seguinte, a segunda passagem por Halttula, 1,2 segundos sobre Takamoto e Evans, chegando-se perto do piloto galês. E o piloto da Hyundai não escondeu o seu objetivo nesta prova.
"Quero dizer, agora não temos escolha. Obviamente Kalle está fora, um dos nossos principais candidatos está fora, e Elfyn também está à nossa frente no campeonato e estamos lutando por uma vitória. Então agora vamos nos esforçar por isso."
Depois dos quatro primeiros, o regressado Jari-Matti Latvala é o quinto, a 1.23,3, e a experimentar as sensações de um Rally1, já distante de Jari Huttunen, sexto e o melhor dos Rally2, a 3.14,1. Sami Pajari é o sétimo, a 3.27,0, com Nikolai Gryazin não muito longe, a 3.27,3. E a fechar o "top ten" estavam o Skoda de Oliver Solberg, a 3.28,8 e o Ford de Adrien Formaux, a 3.36,4.
O rali da Finlândia continua amanhã, com a realização de mais oito especiais.
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