"O Jochen seguiu-me durante várias voltas e alcançou-me lentamente, e eu não passei muito rápido pela segunda curva Lesmo, por isso virei-me para o lado e deixei o Jochen ultrapassar-me. Depois, segui-o até à Parabólica... íamos muito rápido e ele esperou até cerca de 200 metros para travar. O carro simplesmente virou para a direita, depois virou para a esquerda e depois novamente para a direita, e de repente virou demasiado rápido para a esquerda, embatendo no rail de proteção."
Testemunho de Dennis Hulme (1936-92), piloto da McLaren em 1970.
Apesar das coisas estarem aparentemente sob controlo durante o final de semana de Monza, o perigo sempre espreitava. Jochen Rindt, depois de ver os tempos algo desapontantes de sexta-feira, decidiu mexer muito no carro. Tirou as asas, mexeu na ralação de caixa, que o deixou mais longo, para ter maior velocidade de ponta. Quando ele chegava ao final da reta antes da Parabólica, chegava a 330 km/hora. Parecia ser mais rápido, mas estava ainda mais no limite. Especialmente numa coisa do qual nunca ficou confortável: o cinto de segurança.
Apesar das coisas estarem aparentemente sob controlo durante o final de semana de Monza, o perigo sempre espreitava. Jochen Rindt, depois de ver os tempos algo desapontantes de sexta-feira, decidiu mexer muito no carro. Tirou as asas, mexeu na ralação de caixa, que o deixou mais longo, para ter maior velocidade de ponta. Quando ele chegava ao final da reta antes da Parabólica, chegava a 330 km/hora. Parecia ser mais rápido, mas estava ainda mais no limite. Especialmente numa coisa do qual nunca ficou confortável: o cinto de segurança.
Já em 1970, havia o cinto de seis pontos. era uma novidade com pouco tempo, logo, não era obrigatório, nem todos o usavam. E quando o faziam, era parcialmente. E Rindt fazia-o de forma parcial: não apertava na cintura, porque não queria sentir-se preso, em caso de acidente. Queria sair o mais rápido possível, e essa maneira de apertar o cinto ajudou muito no desenlace fatal do acidente.
O acidente aconteceu quando estava a fazer a sua quinta volta na qualificação desse dia. Os movimentos descritos por Hulme tinha a ver com o que o inquérito mais tarde afirmou ter sido uma falha numa das correias do mecanismo dos travões, que no modelo 72, eram montados no interior do carro, e não acoplados nas rodas. Para piorar as coisas, quando embateu no guard-rail, foi mesmo num dos pilares de ferro, que destruiu na frente, e o impacto fez com que deslizasse pelo carro, e o cinto cortou a gargante do piloto, matando-o quase de imediato.
O salvamento foi algo caótico. Ele foi de ambulância - naquele tempo, não era obrigatório os helicópteros para evacuação médica - e o condutor enganou-se pelo caminho. Quando chegou ao hospital, os médicos limitaram-se a declarar o óbito.
Ao saber do que se tinha passado, a Lotus decidiu tirar os restantes carros da corrida, incluindo o 72 que tinha sido inscrito pela Rob Walker Racing e era guiado por Graham Hill.
Para os austríacos, foi um choque: o seu herói estava morto. O homem que tinha agitado o país naquele verão e estava à beira de conquistar algo inédito, desaparecia de súbito, e claro deixava um enorme vazio.






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