Cá estamos nós, no Templo do Automobilismo. Mais "catedral" porque já passou do seu centenário, de uma certa maneira. Mas mesmo assim, é Monza, estamos em Itália, e a Ferrari, ali, esforça-se mais um bocado para dar nas vistas. Especialmente em 2025, onde ainda não ganhou qualquer corrida e investiu algumas dezenas de milhões em Lewis Hamilton para ver se regressa ao topo, ou a uma era do domínio, como tiveram com Michael Schumacher.
E em Itália, ou é Ferrari ou é nada, ainda por cima, quando o único italiano do pelotão, Andrea Kimi Antonelli, está noutra equipa. Não direi que ele "não existe", mas não anda muito longe... tenho pena do rapaz.
A qualificação italiana arrancou com o Ferrari de Lewis Hamilton a ser um dos primeiros a sair das boxes, para a euforia dos "tiffosi", e nos minutos seguintes, Charles Leclerc foi para o topo da tabela de tempos, seguido de perto por Hamilton, que beneficiou de um slipstream do seu colega de equipa, ficando a apenas um décimo de segundo.
Entretanto, os pilotos usavam e abusavam dos limites, especialmente nas curvas. Quem saísse da linha branca tinha o seu tempo anulado, e isso não era brincadeira alguma. Que o diga Carlos Sainz Jr, que na sua primeira tentativa, viu o seu tempo anulado.
Os primeiros tempos dignos de registo aconteceram com as McLaren, primeiro com Oscar Piastri a marcar 1.19,611, com Lando Norris a ficar atrás, a um décimo. Russell marcou depois um tempo melhor, 1.19,414, mas com médios.
Na parte final, com alguns pilotos aflitos, porque estavam todos muito próximos, eles foram para a pista com moles novos, esperando sair do fundo da grelha. Isack Hadjar, ainda com o pódio de Zandvoort na cabeça, só conseguia 1.19,917 e estava aflito. O único que poderia bater era Alex Albon, no seu Williams, e ele consegue 1.19,837 e fica com o último lugar de acesso à Q2, deixando-o de fora, e a fazer companhia ao seu companheiro de equipa, Liam Lawson, aos Alpine de Franco Colapinto e Pierre Gasly, e ao Aston Martin de Lance Stroll.
A Q3 começava com os Ferrari a mostrar-se, antes de Max Verstappen marcar um registo abaixo do segundo 19, melhor que Leclerc em 84 centésimos, com Piastri em terceiro, 133 centésimos mais lento e Hamilton em quarto, a 201 centésimos.
A parte final é que se viu as voltas marcantes: Max faz 1.18,792, e mantinha-se no topo da tabela de tempos, enquanto Lecerc não só não melhorou como foi passado pelos McLaren, com Norris a marcar melhor tempo que Piastri: 1.18,869 para o britânico, 1.18.982 para o australiano. Hamilton foi o quinto melhor, com 1.19,124. mas com a penalização, começará de décimo. Bortoleto era o sétimo melhor, com 1.19,390, mostrando que ali, estava à vontade. mesmo com um pelotão equilibrado como este, em Monza.
No final, é Monza, este templo do automobilismo, que nos deu isto. E é por isto que, de uma certa forma, gostamos da Formula 1. Amanhã haverá mais, numa corrida neste templo do automobilismo que sabemos não durará mais que uma hora e 20 minutos. Talvez seja isso que o Domenicalli procura: uma Monza em cada esquina.



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