sexta-feira, 25 de maio de 2007

Extra-Campeonato: Há muito tempo atrás, muma galáxia distante...


Faz hoje 30 anos que estreou, no Gruman Chinese Theather de Los Angeles, o filme "Guerra das Estrelas" de George Lucas, um dos filmes mais marcantes do século XX. A história de Luke Skywalker, que juntamente com Obi-Wan Kenobi e Han Solo, correram todos os tipos de perigos para salvar a Princesa Leia das garras de Darth Vader e do Império, captou a imaginação de milhões no mundo inteiro.


Foi no dia 25 de Maio de 1977 que o filme - uma fantasia espacial, uma extravagância de luz e som, um filme diferente de todos os que tinham sido produzidos até então - chegou aos cinemas americanos. A apenas 32 cinemas americanos, tal era a desconfiança inicial da produtora 20th Century Fox sobre a adesão do público ao espectáculo. "Logo na primeira sessão, quando rolou a cortina e começou aquela fantástica abertura da nave rebelde a ser perseguida pelo destroyer imperial, a audiência rebentou em gritos de espanto e entusiasmo. Percebi logo que estava a assistir a qualquer coisa de histórico", recorda Alan Ladd, ao caderno P2 do Público. Ladd tinha contrariado a administração da Fox para garantir o financiamento do projecto, pois acreditava que o filme iria ser um sucesso.


O filme veio da mente de George Lucas, que demorou três anos a planear, construir os cenários e os bonecos, e filmar as sequências todas. Foi a Londres, à Tunisia (as inesquecíveis sequências iniciais, em Tatooine), sempre com a ideia de que tudo aquilo se tornasse num monumental fracasso. Custou, pelos valores da altura, 11 milhões de dólares, e estreou-se numa "má altura" para uma estreia dessas: final da Primavera. Afinal de contas, o filme tinha inaugurado o conceito de "blockbuster", ou seja, as estreias de Verão, onde os miudos, acabado o ano escolar, iam para as salas de cinema para ver filmes de acção. E "Star Wars" tinha isso tudo.


Eu sou um daqueles que não deixou de ficar hipnotizado por aquele filme. Aliás, é o filme da minha infância. Não o vi por alturas da estreia (tinha pouco menos de um ano), mas alguns anos depois, quando o meu pai se tornou na primeira pessoa a ter um videogravador no meu prédio, em 1984, arranjou alguns filmes para mim. E dois deles eram "O Regresso de Jedi" e o "Star Wars". Como é obvio, todos os meus vizinhos queriam-no ver, e eu próprio vi os filmes da saga pelo menos algumas dezenas de vezes. Chegava até a pôr o filme em câmara lenta para poder ver, com todos os pormenores, a sequência de destruição das naves!


Hoje em dia, ainda gosto de ver esses filmes. Mais do que os outros três filmes da saga, mais recentes. Não creio que sejam grande coisa (aliás, acho que só com o tempo é que se poderá tirar conclusões), mas servem essencialmente para completar o círculo, para contar o resto da história. Afinal de contas, o Star Wars era o episódio IV...


E depois... este filme revelou-me o melhor mau da fita que já vi na história do Cinema. Esqueçam o "film noir" e o "Bogie" (Humpfrey Bogart)! Darth Vader é excelente! Mas não sabia, por alturas da minha infância, que a voz era de uma pessoa completamente diferente daquele que o encarnava... ou seja, era a voz que fazia a diferença. E o sr. James Earl Jones tem uma senhora voz...


Enfim, Star Wars is forever. 30 anos são apenas um instante na eternidade, e acho que muitos anos depois de todos desaparecerem, as novas gerações continuarão a olhar para o filme da mesma maneira do que nós. Com fascínio.

1 comentário:

Sakher disse...

Grande texto! E um filme histórico realmente. E por incrivel que pareça atras de todos os efeitos especiais existe uma fascinante historia de um personagem atormentado pelo medo e pelo seu grande poder que transformou sua vida em uma tragedia e se redimiu momentos antes de sua morte. Pena que quando chegou a vez de George Lucas contar o melhor de estoria preferiu fazer 3 filmes para adolescentes.
Mesmo assim uma incrivel saga. E fez milhoes de pessoas sonharem.

Abraços!