Luis Vasconcelos é o representante português em termos jornalisticos que se move bem nos meios da Formula 1. De quando em quando, o jornal Autosport dá oportunidade aos leitores de fazerem perguntas sobre a actual situação do campeonato. Ora, das algumas dezenas de perguntas feitas selecciona 10. E uma delas foi feita por mim, e não pergunto qualquer coisa...
«Não existem sistemas perfeitos…»
P - O facto de, neste momento, termos um líder que ainda não ganhou uma única corrida é prova da falência do actual sistema de pontuação? E se sim, deveria voltar-se ao sistema antigo?
Speeder_76
R – «Também acho esquisito alguém estar na frente do campeonato depois de quatro corridas sem ter ganho nenhuma, mas se o sistema fosse o antigo, que privilegiava os vencedores (10-6-4-3-2-1), era o Massa que liderava, mas o Hamilton e o Alonso só estariam a um ponto (23-22). Penso que este sistema, que foi criado para dar hipóteses às equipas mais pequenas de marcarem pontos – com a fiabilidade geral da Fórmula 1 se marcassem só pontos os seis primeiros só seis equipas teriam pontuado este ano – acaba por penalizar quem vence, pois ganha pouca vantagem face a quem fica em segundo lugar. Convém acrescentar que o sistema antigo também tinha os seus defeitos – penalizando muito um candidato ao titulo que abandonasse duas ou três vezes num ano – e que não existem sistemas perfeitos. Mas para Hamilton chegar ao título vai ter mesmo de ganhar corridas e, por isso, no final do ano, já ninguém se vai recordar da situação actual.»
Luis Vasconcelos
Alguém concorda ou não? Se quiserem comentar isto, estejam à vontade!
5 comentários:
Acho que o Luis tem razao, qual for o sistema a ser usado, tem vantagens e desvantagens. E verdade nao a sistema perfeito ...
Eu acho que é o contrário do que ele fala.
O regulamento atual penaliza muito mais quem abandona do que o antigo.
Veja, se eu ganhar 1 e abandonar outra, enquanto o Speeder chegar nas duas provas em quarto, teremos a mesma pontuação. É um absurdo.
A decisão de dar pontuação para mais gente (8 e não 6) é acertada. O problema é a proporção dos pontos. Uma reforma básica poderia amenizar um pouco a situação: o vencedor ganha 12 pontos, em vez de 10. O resto continua igual. Seria menos injusto.
Por mim, os 7 primeiros pontuariam:
10 7 5 4 3 2 1
Meio termo, pronto, acho que fica legal assim.
Estou do lado do Filipe Maciel, com um sistema onde pontuavam os sete primeiros e com três pontos entre o vencedor e o segundo classificado. Acrescentava só 1 ponto para a volta mais rápida.
Eu quando jogava o Grand Prix 2, da Microprose, havia aquele sistema para alterar a pontuação. Eu fazia uma mistura entre a da formula 1 e da Indy, onde dava pontos aos 10 primeiros: 20 para o primeiro, 15 para o segundo, 12 para o terceiro... enfim, esse sistema até era eficaz, pois valorizava as vitórias. Agora, cabe à FIA saber se fica com este ou faz alterações.
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