Hoje, recuemos 31 anos no tempo. Enquanto que os carros arrancam para a grelha de partida do Grande Prémio da Grã-Bretanha, no circuito de Brands Hatch, decerto que reconhecem o senhor da camisa cor de rosa, que está um bocado desfocado, mas vê-se quem é, mas digam lá, conseguem reconhecer aquele senhor de azul, mais adiante, de braços cruzados? Se não sabem, eu digo: é o Bernie Ecclestone.
Um pouco de história, para os mais leigos: nos anos 70, os donos das equipas ciram a FOCA (Formula One Construtors Association), no sentido de reclamar as cada vez mais crescentes receitas da televisão. Max Mosley, advogado de profissão, era um dos fundadores da March, em 1970, e Bernie Ecclestone era o dono da Brabham desde 1971.
No final da década de 70, o poder das construtoras era tal que desafiava a então FISA, que tinha elegido recentemente o presidente da Federação Francesa, um tal de Jean-Marie Balestre. Foram as tensões relativas aos regulamentos referentes às saias do efeito-solo, em 1980-81 que a guerra entre a FOCA e a FISA estalou e que quase levou à divisão da Formula 1. O que evitou tudo isso foi uma coisa chamada... Pacto de Concórdia.
2 comentários:
Speeder,
Na realidade, o que faz da F1 o esporte que é hoje é o Pacto de Concórdia.
Sem esse "contrato", nem Bernie Ecclestone conseguiria convergir os interesses e evitar o que aconteceu na F-Indy.
Embora seja sigiloso (em parte, pois o de 1997 está na internet), é necessário para a existência do esporte.
Ótima matéria. Não sabia que a criação do Pacto foi motivada por uma divergência técnica: as saias do famoso efeito-solo. Até então, pensava que seria alguma questão relativa à divisão de recursos entre as equipes.
Um abraço.
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