O piloto de hoje tem uma característica rara num piloto: usava óculos de ver em plena competição, algo que só foi visto anos mais tarde, com Jacques Vileneuve, e mais recentemente com Sebastien Bourdais, que foi tetra-campeão na CART ao serviço da Newman-Haas, e actualmente corre na Toro Rosso. Não teve uma grande carreira na Formula 1, foi mais nos Sport-Protótipos que fez carreira, ao serviço da Alfa Romeo. No dia em que faz 67 anos, é altura de falar sobre Andrea de Adamich.
Nasceu a 3 de Outubro de 1941 em Trieste. Entrou para a Universidade em 1960, para estudar Direito, mas aos 20 anos, em 1962, iniciou a sua carreira no automobilismo, disputando provas de subida de montanha, a bordo de um Triumph TR-3. Neste mesmo ano participou de sua primeira prova em circuito, a Coppa Carri, em Monza, a bordo de uma Alfa Romeo 1900 TI, onde terminou na terceira posição. Começava aqui a sua longa relação com a marca de Varese.
Em 1963, compra um Lola, para participar em provas de Formula Júnior, com resultados modestos, e no ano seguinte, passa para a Formula 3, de novo num Lola MK5, onde consegue um pódio. Entretanto, com a Alfa Romeo, corre em algumas provas de Turismo, onde termina em quinto lugar nas 24 horas de Spa-Francochamps. No ano seguinte, continua na Formula 3, com mais um pódio, em Monza, e participa no campeonato europeu de Marcas, com um Alfa Romeo GTA, onde ganha em Monza. Em 1966, consegue alcançar a vitória no Campeonato Europeu de Turismos, ao volante de um destes carros, preparados pela Autodelta, de Carlo Chiti. Enquanto triunfava em Turismos, na Formula 3, tinha adquirido um Brabham BT10, e consegue dois pódios, em Vallelunga (2º) e em Monza (3º).
Em 1967, continuou a correr, desta vez nos Sport-Protótipos a bordo do modelo Alfa Romeo T33, em conjunto com os seus compatriotas Nanni Galli e Ignazio Giunti, com alguns bons resultados. Isso atraiu a atenção da Ferrari, que o convidou para fazer parte da equipa oficial, no GP de Madrid, prova extra-campeonato que servia de ensaio ao GP de Espanha, que decorreria no novo circuito de Jarama. Adamich terminou a corrida no quarto lugar, e foi contratado pela Scuderia como piloto oficial, para a temporada de 1968.
A estreia de Adamich acontece em Kyalami, onde consegue a sétima posição nos treinos, mas a sua corrida dura apenas 13 voltas, quando desiste devido a um acidente, quando passa por uma mancha de óleo. Em Março, quando se preparava para a Corrida dos Campeões, uma prova extra-campeonato, sofre um acidente, que lhe provoca alguns danos na coluna vertebral, para além de umas costelas partidas. Só volta a competir em Outubro, onde corre na Temporada Argentina de Formula 2, onde vence duas das três corridas da competição.
Contudo, isso foi insuficiente para que ficasse na Ferrari, e em 1969, volta à Alfa Romeo, onde participa em corridas de Endurance, som bons resultados. Entretanto, participa também em provas de Formula 5000, a bordo de um Surtees T5, onde alcança alguns pódios.
Em 1970, continua na Alfa Romeo, onde consegue voltar à Formula 1. Vai correr na McLaren, mas com uma “nuance”: o seu carro está equipado com motor Alfa Romeo! A temporada foi um desastre, pois o carro era lento e pouco fiável. Acumulou três não-qualificações, e o melhor que conseguiu naquele ano foi um oitavo lugar em Monza, não conseguindo pontos. Tirando a Formula 1, continuou a correr em Endurance, e na Formula 2, sem resultados de relevo.
Em 1971, muda-se para a March, onde levou consigo o motor Alfa Romeo. Não teve melhor sorte, pois falhou qualquer hipótese de chegar aos pontos, em claro contraste com o seu companheiro, a jovem promessa sueca Ronnie Peterson, que com motores Cosworth, foi vice-campeão do Mundo… mas se na Formula 1 não teve muita sorte, com a Alfa Romeo, no Mundial de Marcas, conseguiu melhores resultados, vencendo as 6 horas de Watkins Glen e os 1000 km de Brands Hatch, e ficou no segundo lugar na Targa Florio desse ano.
Em 1972, com o apoio da Cerâmica Pagnossin, vai para a equipa oficial da Surtees, onde consegue os seus primeiros pontos no GP de Espanha, em Jarama, classificando-se na quarta posição. Vai ser a única corrida onde acaba nos pontos, terminando a temporada na 17ª posição. Para além deste quarto lugar oficial, consegue mais algumas classificações não-oficiais, em Brands Hatch, na corrida dos Campeões, onde será terceiro, e um segundo lugar em Vallelunga. No Mundial de Marcas, pela Alfa Romeo, onde o melhor que consegue são dois terceiros lugares, na Targa Florio e nos 1000 km de Nurburgring.
Em 1973, começa o ano num Surtees privado, na Africa do Sul, mas a partir da prova seguinte, em Espanha, adquire um Brabham BT37, onde consegue novo quarto lugar, no GP da Bélgica, em Zolder, e um sétimo lugar no Mónaco, exactamente o mesmo lugar que no ano passado. Entretanto, no Mundial de Marcas, ainda sob as cores da Alfa Romeo, corre em três provas, mas não termina em nenhuma delas.
Entretanto, o Mundial chega a Inglaterra, palco do Grande Prémio local, no circuito de Silverstone. Adamich tem um novo chassis Brabham, o BT42, o mesmo usado pela equipa oficial, onde consegue a 20ª posição nos treinos. Na partida, está no meio do pelotão, quando lá na frente, o McLaren do sul-africano Jody Scheckter despista-se, causando uma enorme confusão e eliminando 11 pilotos no início da segunda volta da corrida… Adamich foi o piloto que ficou em pior estado, pois fracturou o tornozelo direito, e ficou preso no carro durante mais de meia hora, pois os comissários queriam primeiro evitar o risco de incêndio nos carros…
Adamich demorou quase oito meses para recuperar dos ferimentos, e quando voltou à competição, preferiu fazê-lo no Mundial de Sport-Protótipos do que na Formula 1 (aquela viria a ser a sua última corrida na competição), e a bordo do Alfa Romeo T33, conseguiu três subidas ao pódio, sendo o melhor um segundo lugar nos 1000 km de Zeltweg. No final da temporada, Adamich decidiu retirar-se das competições de vez.
A sua carreira na Formula 1: 36 Grandes Prémios, em cinco temporadas (1968, 1970-73), seis pontos.
Desde então enveredou por uma carreira no jornalismo especializado, sendo actualmente dos mais respeitados comentaristas desportivos italianos, dirigindo o programa Grand Prix, da rede Itália 1, e é o vice-presidente da N Technology, que prepara os Alfa Romeo, a sua marca de eleição.
Fontes:
http://es.wikipedia.org/wiki/Andrea_de_Adamich
http://www.grandprix.com/gpe/drv-deaand.html
http://www.f1total.com.br/faster/modules.php?name=Enciclopedia&op=content&tid=246&janela=1
http://forix.autosport.com/8w/de-adamich.html
Nasceu a 3 de Outubro de 1941 em Trieste. Entrou para a Universidade em 1960, para estudar Direito, mas aos 20 anos, em 1962, iniciou a sua carreira no automobilismo, disputando provas de subida de montanha, a bordo de um Triumph TR-3. Neste mesmo ano participou de sua primeira prova em circuito, a Coppa Carri, em Monza, a bordo de uma Alfa Romeo 1900 TI, onde terminou na terceira posição. Começava aqui a sua longa relação com a marca de Varese.
Em 1963, compra um Lola, para participar em provas de Formula Júnior, com resultados modestos, e no ano seguinte, passa para a Formula 3, de novo num Lola MK5, onde consegue um pódio. Entretanto, com a Alfa Romeo, corre em algumas provas de Turismo, onde termina em quinto lugar nas 24 horas de Spa-Francochamps. No ano seguinte, continua na Formula 3, com mais um pódio, em Monza, e participa no campeonato europeu de Marcas, com um Alfa Romeo GTA, onde ganha em Monza. Em 1966, consegue alcançar a vitória no Campeonato Europeu de Turismos, ao volante de um destes carros, preparados pela Autodelta, de Carlo Chiti. Enquanto triunfava em Turismos, na Formula 3, tinha adquirido um Brabham BT10, e consegue dois pódios, em Vallelunga (2º) e em Monza (3º).
Em 1967, continuou a correr, desta vez nos Sport-Protótipos a bordo do modelo Alfa Romeo T33, em conjunto com os seus compatriotas Nanni Galli e Ignazio Giunti, com alguns bons resultados. Isso atraiu a atenção da Ferrari, que o convidou para fazer parte da equipa oficial, no GP de Madrid, prova extra-campeonato que servia de ensaio ao GP de Espanha, que decorreria no novo circuito de Jarama. Adamich terminou a corrida no quarto lugar, e foi contratado pela Scuderia como piloto oficial, para a temporada de 1968.
A estreia de Adamich acontece em Kyalami, onde consegue a sétima posição nos treinos, mas a sua corrida dura apenas 13 voltas, quando desiste devido a um acidente, quando passa por uma mancha de óleo. Em Março, quando se preparava para a Corrida dos Campeões, uma prova extra-campeonato, sofre um acidente, que lhe provoca alguns danos na coluna vertebral, para além de umas costelas partidas. Só volta a competir em Outubro, onde corre na Temporada Argentina de Formula 2, onde vence duas das três corridas da competição.
Contudo, isso foi insuficiente para que ficasse na Ferrari, e em 1969, volta à Alfa Romeo, onde participa em corridas de Endurance, som bons resultados. Entretanto, participa também em provas de Formula 5000, a bordo de um Surtees T5, onde alcança alguns pódios.
Em 1970, continua na Alfa Romeo, onde consegue voltar à Formula 1. Vai correr na McLaren, mas com uma “nuance”: o seu carro está equipado com motor Alfa Romeo! A temporada foi um desastre, pois o carro era lento e pouco fiável. Acumulou três não-qualificações, e o melhor que conseguiu naquele ano foi um oitavo lugar em Monza, não conseguindo pontos. Tirando a Formula 1, continuou a correr em Endurance, e na Formula 2, sem resultados de relevo.
Em 1971, muda-se para a March, onde levou consigo o motor Alfa Romeo. Não teve melhor sorte, pois falhou qualquer hipótese de chegar aos pontos, em claro contraste com o seu companheiro, a jovem promessa sueca Ronnie Peterson, que com motores Cosworth, foi vice-campeão do Mundo… mas se na Formula 1 não teve muita sorte, com a Alfa Romeo, no Mundial de Marcas, conseguiu melhores resultados, vencendo as 6 horas de Watkins Glen e os 1000 km de Brands Hatch, e ficou no segundo lugar na Targa Florio desse ano.
Em 1972, com o apoio da Cerâmica Pagnossin, vai para a equipa oficial da Surtees, onde consegue os seus primeiros pontos no GP de Espanha, em Jarama, classificando-se na quarta posição. Vai ser a única corrida onde acaba nos pontos, terminando a temporada na 17ª posição. Para além deste quarto lugar oficial, consegue mais algumas classificações não-oficiais, em Brands Hatch, na corrida dos Campeões, onde será terceiro, e um segundo lugar em Vallelunga. No Mundial de Marcas, pela Alfa Romeo, onde o melhor que consegue são dois terceiros lugares, na Targa Florio e nos 1000 km de Nurburgring.
Em 1973, começa o ano num Surtees privado, na Africa do Sul, mas a partir da prova seguinte, em Espanha, adquire um Brabham BT37, onde consegue novo quarto lugar, no GP da Bélgica, em Zolder, e um sétimo lugar no Mónaco, exactamente o mesmo lugar que no ano passado. Entretanto, no Mundial de Marcas, ainda sob as cores da Alfa Romeo, corre em três provas, mas não termina em nenhuma delas.
Entretanto, o Mundial chega a Inglaterra, palco do Grande Prémio local, no circuito de Silverstone. Adamich tem um novo chassis Brabham, o BT42, o mesmo usado pela equipa oficial, onde consegue a 20ª posição nos treinos. Na partida, está no meio do pelotão, quando lá na frente, o McLaren do sul-africano Jody Scheckter despista-se, causando uma enorme confusão e eliminando 11 pilotos no início da segunda volta da corrida… Adamich foi o piloto que ficou em pior estado, pois fracturou o tornozelo direito, e ficou preso no carro durante mais de meia hora, pois os comissários queriam primeiro evitar o risco de incêndio nos carros…
Adamich demorou quase oito meses para recuperar dos ferimentos, e quando voltou à competição, preferiu fazê-lo no Mundial de Sport-Protótipos do que na Formula 1 (aquela viria a ser a sua última corrida na competição), e a bordo do Alfa Romeo T33, conseguiu três subidas ao pódio, sendo o melhor um segundo lugar nos 1000 km de Zeltweg. No final da temporada, Adamich decidiu retirar-se das competições de vez.
A sua carreira na Formula 1: 36 Grandes Prémios, em cinco temporadas (1968, 1970-73), seis pontos.
Desde então enveredou por uma carreira no jornalismo especializado, sendo actualmente dos mais respeitados comentaristas desportivos italianos, dirigindo o programa Grand Prix, da rede Itália 1, e é o vice-presidente da N Technology, que prepara os Alfa Romeo, a sua marca de eleição.
Fontes:
http://es.wikipedia.org/wiki/Andrea_de_Adamich
http://www.grandprix.com/gpe/drv-deaand.html
http://www.f1total.com.br/faster/modules.php?name=Enciclopedia&op=content&tid=246&janela=1
http://forix.autosport.com/8w/de-adamich.html
4 comentários:
a mi no m suena mucho este piloto debio tener poca fortuna y si tuviera un poco mas de trayectoria o hubiera quedado trabajando en la f1 llegaria a oir de el
Coitado heim Speder, o Adamich só pilotou carro feio. Mas ele também era bem sofrivel,
Uma pena que sa trajetória na f1 tenha se encerrado assim...
Coisas da velocidade mesmo
Boa tarde hoje estava procurando sobre de Adamich e encontrei este velho BLOG.
Bom me parece que aqui todos os " Curiosos e palpiteiros" de turno não sabem absolutamente nada de F! ou corridas internacionais.
Não querendo ofender
Andrea de Adamich, não era um PILOTO éra um Eng Mecanico da Ferrari que se divetia Pilotando carros.
O Rapaz é tao mal Sucedido que simplesmente é o dono da Marca Malboro a nivel Mundial para Roupas é Mole??????
Vc quer fabricar Camisas Polo Oculos etc etc etc
Pois bem voce contata com Andrea de Adamich
kakakakakaka
Aprenderam alguma coisinha??????
Ha na temporada de F2 em 1968 e 1969 foi Campeao Europeu e na Argentina ganhou todas as Competiçoes
é Mole?????}???
Ferran Cameranesi Sta Cruz do Rio Pardo São Paulo
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