P - Depois da França ter anunciado que não organizará o seu Grande Prémio em 2009, e de saber que alguns organizadores tem muita dificuldade em pagar os valores exigidos por Bernie Ecclestone, acha que vão haver mais países que decidam abdicar da Formula 1 no ano que vêm?
R - Em Xangai, face a todos os problemas que os diversos organizadores estão a encontrar para satisfazer as exigências de Ecclestone, havia um sentimento de que o patrão da Formula 1 estava, finalmente, a ficar fora do mercado com os preços exigidos. Os chineses pagaram 56 milhões de dólares, mas Singapura bateu o recorde ao pagar 78 milhões de dólares para organizar o seu primeiro Grande Prémio. Abu Dhabi vai pagar um valor semelhante e só os países árabes parecem ter capacidade económica para dar a Bernie Ecclestone o dinheiro que ele pretende.
Só que o Mundial de Formula 1 não vai poder ser todos disputados no Médio Oriente, ou nos países mais ricos do Sudoeste Asiático, pelo que o empresário inglês vai ter que rever as suas exigências, se não quiser ficar com apenas meia dúzia de corridas por ano, e todas fora da Europa.
Nenhuma organização europeia pode pagar mais de 20 milhões de Euros por ano a Bernie Ecclestone, e sabe-se que o Canadá, o Brasil e a Austrália também não podem passar disso.
Só que o Mundial de Formula 1 não vai poder ser todos disputados no Médio Oriente, ou nos países mais ricos do Sudoeste Asiático, pelo que o empresário inglês vai ter que rever as suas exigências, se não quiser ficar com apenas meia dúzia de corridas por ano, e todas fora da Europa.
Nenhuma organização europeia pode pagar mais de 20 milhões de Euros por ano a Bernie Ecclestone, e sabe-se que o Canadá, o Brasil e a Austrália também não podem passar disso.
O mesmo se passa com a Malásia, onde o tempo do despesismo já passou, pelo que Ecclestone tem de escolher entre adaptar-se às novas realidades, ou matar o Campeonato Mundial. Como homem inteligente que é, vai adaptar-se, como aconteceu noutras alturas e noutras circunstâncias.
Luís Vasconcelos
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