Em 1977, depois de fornecer motores à Brabham, a Autodelta, preparadora da Alfa Romeo, começou a desenhar um chassis no sentido de, após 36 anos de ausência, regressar à Formula 1 como construtora. Para isso convidou Niki Lauda, Vittorio Brambilla e mais tarde, o jovem Bruno Giacomelli, para testar o chassis N177.
O carro esteve pronto para os primeiros testes em Maio de 1978, na pista italiana de Balocco. O primeiro convidado foi Vittorio Brambilla, na altura a correr pela Surtees. O carro foi testado em segredo, mas umas fotos-espia revelaram esse segredo. Detalhe: o carro nesse dia era... azul.
Algumas semanas depois, Brambilla voltava a testar o carro, mas desta vez, o carro já tinha a habitual cor vermelha. Até aqui, tudo bem.
No final de Agosto de 1978, a Alfa Romeo faz testes no circuito de Paul Ricard, no Sul de França, com Brambilla e um convidado-surpresa: Niki Lauda. O austriaco deu muitas voltas no carro, calçado com pneus Goodyear (por motivos contratuais), enquanto que Brambilla corria com os Pirelli. No final, Lauda reclamava muito do carro, e foi batido por Brambilla por oito centésimos. Mas no fundo, o austriaco reprovava esta concentração de recursos da Alfa, pois queria que a marca evoluisse o motor e não se concentrasse na construção do seu próprio carro.
Em Outubro, nos testes em Paul Ricard, de novo com Lauda ao volante, e reclamando bastante do carro, que para ele era muito pesado e sentia alguma falta de rendimento. O carro é rebaptizado de Alfa 177, e no inicio de 1979, contratam Bruno Giacomelli como piloto principal. O carro foi modificado, para poder responder melhor ao efeito-solo. Algum tempo depois, Lauda encontrou-se com Giacomelli, e sabendo que ele se encontrava a testar esse carro, aitou com esta frase: "Porque é que o teu motor não vaza como o meu?"
A Alfa Romeo estreou-se oficialmente no GP da Belgica de 1979, com Giacomelli a conseguir o 14º tempo nos treinos. Um lugar à sua frente, estava... Niki Lauda. Na corrida, ambos os carros abandonaram. Esta historieta, e muitas outras, encontram-na no blog do Rianov Albinov, F1 Nostalgia.
1 comentário:
Desconhecia esta história do Lauda.
Saudações
José
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