A primeira corrida da jornada final da GP2, que decorre esta fim de semana no novo Autódromo de Portimão, deu a Nico Hulkenberg, já coroado campeão deste ano, mais uma vitória na temporada, numa corrida bem agitada, com o Safety Car a entrar por duas vezes em pista. A primeira aconteceu no inicio da corrida, quando uma carambola provocada por Javier Villa e Edoardo Mortara colocou o italiano e o venezuelano Johnny Ceccoto Jr. fora de prova.
Quando o Safety Car saiu de pista, Petrov, que tinha segurado a liderança na partida, não resistiu aos ataques de Nico Hulkenberg, o novo campeão da GP2, e passou para a frente. Contudo, na curva seguinte, o alemão abriu demais e permitiu que o piloto russo passase de novo para a liderança. Entretanto, Alvaro Parente tinha subido para a 14ª posição, aproveitando bem a carambola da primeira curva. Parando cedo (à oitava volta), voltou para subir mais algumas posições, aproveitando as paragens de outros pilotos.
A 17 voltas do final, Parente ultrapassou Pérez na travagem para a primeira curva, chegando ao décimo posto, beneficiando logo de seguida do despiste de Clos para subir mais uma posição, ficando à porta dos lugares pontuáveis, até porque Michael Herck, então líder, ainda teria de parar. No entanto, no início da volta seguinte, Parente e o mexicano Sergio Pérez não conseguiram evitar uma colisão, quando o mexicano se colocou ligeiramente à frente de Parente na segunda curva, na tentativa de recuperar a sua posição. Chegava, assim, ao final a corrida de Parente, que amanhã voltará a ter vida difícil, ao largar da segunda metade do pelotão.
O SC entrava de novo na pista, e o brasileiro Luiz Razia, que tinha sido dos poucos que tinha ficado na frente durante mais tempo (os outros foram o romeno Michael Herck e o luso-angolano Ricardo Teixeira), foi para as boxes, passando a liderança para as mãos de Hulkenberg, que não mais a largou até à meta.
O italiano Luca Filippi, da Supernova, e o brasileiro Lucas di Grassi, da Racing Engeneering, completaram o pódio. Vitaly Petrov foi o quarto. Michael Herck terminou a prova na sexta posição, mas os comissários encontráram diversas irregularidades no seu carro, resultando na desqualificação do piloto. Isso fez com que o seu lugar ficasse nas mãos do japonês Kamui Koboyashi, enquanto que o oitavo posto foi parar às mãos do austroárabe Andreas Zuber.
Quanto a Parente, o facto de correr em casa não o inibiu de efectuar uma excelente corrida de trás para a frente, embora o final tenha sido aquele que menos esperava: "A corrida correu-me bem no início e pude recuperar muitos lugares, o que me permitiu alcançar o nono posto que, na verdade, se transformaria no oitavo, assim que o Razia parasse para realizar a sua troca de pneus", começou por dizer.
"Porém, quando o Dani Clos fez o seu pião na última curva, que se faz a fundo, tive que travar para o evitar e o Sergio Perez colocou-se ao meu lado. Ele ficou por dentro na primeira curva, mas na segunda era eu que tinha a trajectória e não levantei o pé. Tocámo-nos e acabámos por abandonar os dois. É pena porque amanhã podia arrancar da pole-position mas ele tinha espaço e eu já estava em cima do corrector, e estava em posição de defender a minha posição. Foi um acidente de corrida e eu voltava a agir da mesma forma", assumiu o piloto português.
A segunda corrida do fim de semana algarvio começa às 9:30 da manhã.
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