Há exactos 25 anos, a Formula 1 regressava a Portugal, depois de uma ausência no calendário que durou... 24 anos. No Autódromo do Estoril, Alain Prost vencia a corrida, mas via Niki Lauda, seu companheiro e maior rival ao título daquele ano a ser segundo classificado e a ficar com o céptro mundial peloa diferença mais curta de sempre: meio ponto.
O jornal português i (assim mesmo, sem mais), um diário com poucos meses de vida, está a dar um espaço à Formula 1 muito superior a aquele que costuma aparecer noutros diários, inclusivé os desportivos. E hoje decidiu dar duas páginas do seu caderno desportivo com... uma entrevista a Niki Lauda. Feita pelo jornalista Filipe Duarte Santos, a entrevista tem momentos tipicamente "laudianos", como este excerto:
(...)
P- Nessa época, a sua equipa [McLaren-Porsche], venceu 12 corridas, cinco para si e sete para Alain Prost...
R - ...o problema é que o Prost chegou e pegou num carro desenvolvido por mim, aproveitou-se do meu trabalho para lutar contra mim! Não se faz! O carro era igual, não foi fácil, ele era um grande piloto mas aquele era o meu ano. Ganhei o campeonato por meio ponto.
P- Ganhou por meio ponto por causa daquela corrida interrompida no Mónaco, devido à chuva, onde fizeram divisão de pontos. No Mónaco e no Estoril apareceu uma cara nova no pódio, um tal de Senna...
R - Ah, como ele começou! Foi impressionante a forma como ele se estreou na Fórmula 1.
P - Esse passeio da McLaren em 1984 foi um bocado como a Brawn GP este ano (oito vitórias). Concorda?
R - Sim, esta época também não foi competitiva. Mas há um dado positivo na Brawn: de uma equipa falida o Ross Brawn fez um grande trabalho; uma coisa destas nunca se viu na história. Agora vêm dizer que o Jenson Button não é um grande campeão, que apenas teve um carro superior, blá-blá-blá. Tretas. Um campeão é um campeão, no final é isso que interessa. Button teve uma segunda metade de época complicada mas no Brasil fez uma boa corrida. É campeão a uma prova do final da temporada!
(...)
P- Nessa época, a sua equipa [McLaren-Porsche], venceu 12 corridas, cinco para si e sete para Alain Prost...
R - ...o problema é que o Prost chegou e pegou num carro desenvolvido por mim, aproveitou-se do meu trabalho para lutar contra mim! Não se faz! O carro era igual, não foi fácil, ele era um grande piloto mas aquele era o meu ano. Ganhei o campeonato por meio ponto.
P- Ganhou por meio ponto por causa daquela corrida interrompida no Mónaco, devido à chuva, onde fizeram divisão de pontos. No Mónaco e no Estoril apareceu uma cara nova no pódio, um tal de Senna...
R - Ah, como ele começou! Foi impressionante a forma como ele se estreou na Fórmula 1.
P - Esse passeio da McLaren em 1984 foi um bocado como a Brawn GP este ano (oito vitórias). Concorda?
R - Sim, esta época também não foi competitiva. Mas há um dado positivo na Brawn: de uma equipa falida o Ross Brawn fez um grande trabalho; uma coisa destas nunca se viu na história. Agora vêm dizer que o Jenson Button não é um grande campeão, que apenas teve um carro superior, blá-blá-blá. Tretas. Um campeão é um campeão, no final é isso que interessa. Button teve uma segunda metade de época complicada mas no Brasil fez uma boa corrida. É campeão a uma prova do final da temporada!
O resto da entrevista podem ler neste link.
Sem comentários:
Enviar um comentário