O dia 18 de Outubro de 2009 vai ficar seguramente marcado na história da Formula 1, pois nunca uma equipa estreante conseguiu vencer o título mundial de construtores logo na sua primeira temporada. E sendo esta constituída pelos restos de outra defunta, a Honda, é irónico ver que esta conseguiu vencer no país de origem da encarnação anterior desta equipa. São as ironias da história…
Mas hoje não se fala sobre a equipa que campeã, nem o génio do seu criador, Ross Brawn. Hoje é dia de falar do novo campeão do mundo de 2009, um piloto que, apesar de ainda não ter 30 anos de idade, é um veterano nesta competição, pois corre ao mais alto nível desde a temporada de 2000. Bateu recordes de precocidade e foi visto como um digno sucessor de Damon Hill no rol de britânicos campeões na Formula 1. Mas o facto de boa parte da sua carreira ter ficado algo emperrada, fez com que muita gente visse como uma esperança perdida, principalmente depois da emergência de Lewis Hamilton, na McLaren. Mas hoje é provavelmente o corolário da sua excelente carreira, na sua melhor chance que teve. E hoje, para comemorar o seu título mundial, falo da vida e carreira de Jenson Button, o campeão do mundo de Formula 1 2009.
Jenson Alexander Lyons Button nasceu a 17 de Janeiro de 1980 em Frome, no Somerset. É filho de John Button, piloto inglês de Rallycross, que se tornou vice-campeão nacional em 1976, ao volante de um Volkswagen Carocha. O nome é uma derivação de “Jensen”, aplicado a um amigo de John chamado Erlig Jensen. Contudo, como corria o risco de ficar igual à marca de automóveis com o mesmo nome, ficou registado como “Jenson”. Button é o mais novo de três irmãs, tendo nascido 13 anos depois da mais velha, Tanya. Aos oito anos, o seu pai comprou-lhe um kart, e ele começou uma carreira bem sucedida na categoria. Em 1991, com onze anos, correu no campeonato nacional de Cadetes, vencendo todas as 34 provas desse campeonato e o consequente título. Foi esse o primeiro de vários títulos que iria conseguir ao longo da sua carreira no karting. Em 1997, já a nível sénior, correu no Europeu de Super A, considerado um dos supra-sumos do karting internacional, e venceu a competição. Com 17 anos de idade, foi o mais jovem vencedor de sempre. Venceu também o Memorial Ayrton Senna, e no final desse ano, decidiu saltar para os monolugares.
Em 1998, estava na Formula Ford, correndo pela Haywood Racing, e bno final da temporada, com nove vitórias, foi declarado campeão. No final dessa temporada, Button participou do Fórmula Ford Festival, em Brands Hatch, onde passou as várias eliminatórias até chegar à corrida final, onde venceu a corrida, batendo o seu compatriota Dan Wheldon, piloto que actualmente a correr na IRL, e onde foi vencedor das 500 Milhas de Indianápolis e campeão da série em 2005.
No final de 1998 foi galardoado com o McLaren Autosport BRDC Young Driver Award, prémio que assinalam as maiores esperanças do automobilismo inglês para chegar à Formula 1. Um prémio que antes dele, tinha sido ganho por nomes como Dário Franchitti, David Coulthard, Oliver Gavin e Ralph Firman. Com isso, Button teve o seu primeiro contacto com a Formula 1, ao volante de um McLaren.
Mas hoje não se fala sobre a equipa que campeã, nem o génio do seu criador, Ross Brawn. Hoje é dia de falar do novo campeão do mundo de 2009, um piloto que, apesar de ainda não ter 30 anos de idade, é um veterano nesta competição, pois corre ao mais alto nível desde a temporada de 2000. Bateu recordes de precocidade e foi visto como um digno sucessor de Damon Hill no rol de britânicos campeões na Formula 1. Mas o facto de boa parte da sua carreira ter ficado algo emperrada, fez com que muita gente visse como uma esperança perdida, principalmente depois da emergência de Lewis Hamilton, na McLaren. Mas hoje é provavelmente o corolário da sua excelente carreira, na sua melhor chance que teve. E hoje, para comemorar o seu título mundial, falo da vida e carreira de Jenson Button, o campeão do mundo de Formula 1 2009.
Jenson Alexander Lyons Button nasceu a 17 de Janeiro de 1980 em Frome, no Somerset. É filho de John Button, piloto inglês de Rallycross, que se tornou vice-campeão nacional em 1976, ao volante de um Volkswagen Carocha. O nome é uma derivação de “Jensen”, aplicado a um amigo de John chamado Erlig Jensen. Contudo, como corria o risco de ficar igual à marca de automóveis com o mesmo nome, ficou registado como “Jenson”. Button é o mais novo de três irmãs, tendo nascido 13 anos depois da mais velha, Tanya. Aos oito anos, o seu pai comprou-lhe um kart, e ele começou uma carreira bem sucedida na categoria. Em 1991, com onze anos, correu no campeonato nacional de Cadetes, vencendo todas as 34 provas desse campeonato e o consequente título. Foi esse o primeiro de vários títulos que iria conseguir ao longo da sua carreira no karting. Em 1997, já a nível sénior, correu no Europeu de Super A, considerado um dos supra-sumos do karting internacional, e venceu a competição. Com 17 anos de idade, foi o mais jovem vencedor de sempre. Venceu também o Memorial Ayrton Senna, e no final desse ano, decidiu saltar para os monolugares.
Em 1998, estava na Formula Ford, correndo pela Haywood Racing, e bno final da temporada, com nove vitórias, foi declarado campeão. No final dessa temporada, Button participou do Fórmula Ford Festival, em Brands Hatch, onde passou as várias eliminatórias até chegar à corrida final, onde venceu a corrida, batendo o seu compatriota Dan Wheldon, piloto que actualmente a correr na IRL, e onde foi vencedor das 500 Milhas de Indianápolis e campeão da série em 2005.
No final de 1998 foi galardoado com o McLaren Autosport BRDC Young Driver Award, prémio que assinalam as maiores esperanças do automobilismo inglês para chegar à Formula 1. Um prémio que antes dele, tinha sido ganho por nomes como Dário Franchitti, David Coulthard, Oliver Gavin e Ralph Firman. Com isso, Button teve o seu primeiro contacto com a Formula 1, ao volante de um McLaren.
Mas antes disso, correu em 1999 na Formula 3 britânica, onde venceu três corridas, foi terceiro classificado na geral e o “Rookie do Ano”. Correu no GP de Macau, onde foi segundo, atrás do seu compatriota Darren Manning, e foi quinto no Marlboro Masters, em Zandvoort. No final do ano, Button faz o seu teste na McLaren, mas também faz outro na Prost Grand Prix, sinal de que o seu talento era seguido por outras equipas. Algumas semanas depois desse teste com a equipa francesa, a Williams decide fazer um teste com dois pilotos para o lugar deixado vago por Alex Zanardi. Os escolhidos eram Button e o brasileiro Bruno Junqueira. Após dois dias de testes, Frank Williams chegou à conclusão de que o melhor piloto para ficar ao lado de Ralf Schumacher era o jovem Button, e aos 20 anos de idade, um pouco mais cedo do que o planeado, iria começar a sua carreira na Formula 1.
A sua primeira temporada era de aprendizagem, era certo, e muitos tinham dúvidas sobre a sua capacidade de aguentar uma máquina de 600 cavalos, e ter como companheiro de equipa alguém muito mais experiente do que ele. Mas na segunda prova do ano, em Interlagos, acabou a corrida na sexta posição, tornando-se então no mais jovem piloto a pontuar uma corrida de Formula 1, aos 20 anos de 67 dias de idade. Esse “record” de precocidade seria batido sete anos depois pelo alemão Sebastien Vettel.
Ao longo da temporada de 2000, a sua regularidade impressiona os críticos e tem como melhor resultado um quarto lugar na Alemanha, e um terceiro lugar na grelha de partida no GP da Bélgica, em Spa-Francochamps, corrida essa que terminou no quinto posto. No final dessa temporada, Button acabou na oitava posição, com 12 pontos. Apesar de ter sido largamente batido por Ralf Schumacher, não fez figura feia, nem foi uma “chicane móvel”. Contudo no final desse ano, Frank Williams tinha contratado o colombiano Juan Pablo Montoya, vindo da CART, e decidiu emprestar Button para a Benetton-Renault, uma equipa que tinha sido adquirida pela Renault, e que estava nas últimas filas da grelha de partida. Um desafio ainda mais difícil para o piloto inglês.
Ao lado do italiano Giancarlo Fisichella, era um carro que lutava para estar competitivo, e no inicio dessa temporada, chegou a ser batida pela Minardi, crónica candidata ao fundo do pelotão! Mas com o passar da temporada, o carro melhorou, e Button conseguiu um quinto lugar no GP da Alemanha. No ano seguinte, em 2002, e já debaixo do nome Renault, Button tinha como companheiro o italiano Jarno Trulli. Se o italiano era bom nos treinos, batendo regularmente o inglês, na corrida a história era outra. Button pontuou regularmente, embora não tenha conseguido qualquer pódio naquele ano (as suas melhores prestações foram dois quartos lugares, na Malásia e Brasil). no final da temporada ficou na sétima posição, com 14 pontos, mas Flávio Briatore não o quis por lá, pois já estava apaixonado por Fernando Alonso.
Essa foi uma decisão controversa, mas Briatore defendeu-se afirmando, numa entrevista ao jornal The Times, no final de 2002 que: "Jenson é um excelente piloto, mas existiam demasiadas coisas nos bastidores que me impediam de o manter na equipa". E em relação a Fernando Alonso, seu substituto afirmou: "o tempo dirá se cometi uma má escolha". Quando dois anos depois, Alonso se tornou campeão do mundo, Button ainda não tinha vencido uma unica corrida...
Sendo assim, Button transferiu-se no inicio de 2003 para a BAR-Honda, para ser o parceiro de Jacques Villeneuve. Se de inicio, teve os habituais problemas de adaptação, à medida que o ano progredia, passou a bater mais vezes o canadiano. Mais dois terceiros lugares, na Austria e no Japão, deram-lhe o nono lugar no campeonato, com 17 pontos.
Em 2004, agora com o japonês Takuma Sato como companheiro de equipa, as suas prestações foram muito melhores: mesmo numa temporada dominada pela Ferrari e por Michael Schumacher, que monopolizava as vitórias, caminhando incontestavelmente rumo a um sétimo título mundial, Button tinha finalmente um carro competitivo. começou com um sexto lugar na Austrália, antes de alcançar o seu primeiro pódio, um terceiro lugar na Malásia. Em Imola, palco do GP de San Marino, Button conseguiu a sua primeira "pole-position" da carreira, embora acabasse a corrida na segunda posição. Iria alcançar a mesma posição por mais três vezes: Mónaco, Alemanha e China. Para além disso, ainda teve mais seis terceiros lugares, conseguindo no total onze pódios e o terceiro lugar na geral, com 85 pontos.
(continua amanhã)
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