quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nestes tempos, a experiência conta

Em 2010 saudamos o regresso da Sauber à competição, passada a fase da BMW. Relutantemente, o suiço Peter Sauber saiu da sua reforma dourada e meteu mãos á obra para manter de pé uma estrutura com mais de trinta anos, dezassete dos quais na Formula 1, num verdadeiro espírito garagista, só tendo paralelo com Sir Frank Williams.

Delegou responsabilidades em algumas pessoas, incluindo o seu filho Alex, e reactivou uma velha ligação, com a Ferrari, que lhe forneceu motores e caixas de velocidades. E escolheu para piloto um jovem muito promissor, de seu nome Kamui Koboyashi, imbuido ao que dizem de um verdadeiro espírito kamikaze, mas cujo talento é inversamente proporcional de um Yuji Ide, por exemplo.

Mas também escolheu como piloto titular um veterano muito experiente, principalmente em termos de testes: o veterano espanhol Pedro de la Rosa. A sua carreira pode não ter ido por ali além, pois somente tem um pódio e uma volta mais rápida, mas as dezenas de milhares de quilómetros que acumulou em testers, principalmente ao serviço da McLaren, fazem com que seja uma mais-valia para as equipas, numa era onde os testes estão reduzidos a pouco mais do mínimo, sendo impossibilitados de testar após o inicio da época, excepto se forem um novo piloto. De uma certa maneira, o regresso dos velhos pilotos à categoria máxima do automobilismo não acontece só por puro "marketing"...

Pedro Martinez de la Rosa faz hoje 39 anos. Quatro anos depois da sua última corrida na Formula 1, cuirosamente o mesmo GP do Brasil de 2006 onde Michael Schumacher se retirava temporariamente das pistas, está de volta ao trabalho como piloto titular em 2010, numa máquina que, pelos últimos testes, mostra ser algo bem feito, capaz de não passar vergonhas, e quem sabe, dar um ou outro pódio aos pilotos. Seria algo interessante para a carreira do actual presidente da GPDA (Grand Prix Drivers Association), cujo inicio numa Arrows, na já distante temporada de 1999, lhe proporcionou um ponto, o primeiro que a Espanha ganhou em onze temporadas, desde o sexto lugar de Luis Perez-Sala, no GP da Grã-Bretanha de 1989. Veio antes de Fernando Alonso, é certo, mas o seu prestigio em Espanha não saiu beliscado, tanto mais que nestes últimos tempos era o comentador técnico dos Grandes Prémios pelos canais televisivos Antena 3 e no La Sexta, ao lado de Antonio Lobato.

Cumpleãnos Feliz, Pedro! E boa sorte para 2010.

1 comentário:

kimi_cris disse...

E eu que assito à F1 atraves do La Sexta posso dizer que o De la Rosa tem geito para comentador.

Grande Abraço!

P.S: Passa no Galaxia-F1, para veres a entrevista com o Bruno Magalhaes.

Kimi_Cris