A partir de hoje coloco um artigo escrito no Autosport português desta semana, onde o jornalista Luis Vasconcelos analisou os duelos que irão acontecer entre os companheiros de equipa das quatro principais escuderias de 2010, aquelas que lutarão sempre pela vitória, por um pódio e que lutarão constantemente pelos pontos.
As lutas internas é algo que sempre existiu desde os primórdios do automobilismo, no inicio do século XX, e muitos de nós, pelo menos na minha geração, ainda retêm na memória o duelo da McLaren entre Alain Prost e Ayrton Senna, que decidiram dois campeonatos pela pior maneira possivel: eliminando-se um ao outro. Mas tirando isso, os duelos internos sempre aconteceram com respeito. E fascinio. E o próprio jornalista confessa essa parte no inicio do seu artigo:
"Sempre fiquei fascinado por estas lutas internas, mais do que a guerra tecnológica entre as equipas, já que existe muito mais do que talento envolvido nestas contendas. A guerra psicológica faz parte das táticas para levar a melhor sobre o seu mais directo rival. Conseguir que a equipa fique do nossos lado é uma das mais importantes áreas que os pilotos de topo trabalham." E hoje falo desse primeiro duelo interno, o da McLaren, entre um recém-chegado, mas o campeão do mundo, o homem que leva o numero 1 no seu carro, e o homem que fez toda a sua vida nesta equipa: Jenson Button vs Lewis Hamilton.
"O grande opositor da Ferrari parece ser a McLaren, no seio da qual temos outra confrontação muito interessante: de um lado, Hamilton, um produto 'tipicamente' McLaren e que está envolvido com a equipa desde o karting. Em 2007, chegou, viu e venceu, batendo Alonso após uma luta bem amarga, durante a qual Ron Dennis, tal como é habitual, tomou o partido do seu protegido, enquanto alegava que o fazia em nome da justiça e equidade...
No outro lado encontramos Button, um veterano que chegou a Woking com um título mundial no bolso depois de Raikonnen ter declinado a oferta da McLaren.
O contraste entre os dois pilotos ingleses não podia ser maior. Hamilton vive numa redoma, protegido pelo seu pai Anthony [a parceria foi ontem quebrada], não se relaciona muito com os mecânicos e fala a linguagem de Ron Dennis a não ser que esteja sob pressão. Button é uma personagem muito mais descontraído, é claramente 'um dos nossos' no que diz respeito à relação com mecânicos e engenheiros, mas não é visto como um piloto tão dotado e trabalhador incansável quanto Hamilton.
Uma vez mais, a McLaren faz alterações na sua estrutura operacional e terá dois novos engenheiros de pista: Andy Latham (formalmente um engenheiro de pista junior) que irá trabalhar com Hamilton, enquanto que Jakob Andreason (que esteve com Kovalainen como engenheiro junior) será o 'homem de mão' de Button.
Phill Prew, antigo engenheiro de pista de Hamilton, foi promovido a Chefe dos Engenheiros de pista e irá supervisionar o seu trabalho. Será esta uma vantagem para Lewis? Só o futuro o dirá.
Com o estado do tempo a condicionar o programa de testes das equipas, tem sido dificil perceber quem está na mó de cima, mas agora foi evidente que Button está à altura de lutar com Hamilton. Este último terá o beneficio de completar os testes de pré-temporada em Barcelona e estou ceto que irá 'disparar' um tiro de aviso destinado a minar a confiança em crescendo de Button."
Amanhã irei falar sobre a análise que fez à Ferrari.
1 comentário:
Olá Spedder;
bom, a McLaren é uma equipe sem precedentes na F1...
a disputa entre Hamilton e Button será interessante, principalmente pelas diferenças de que cada um tem..
Hamilton gasta mais pneus, tem um jeito mais agressivo, mas Button é contrario.
por isso o dever da McLaren fazer um monoposto que se adapte as condições de cada, como fez perfeitamente em 2007, com Alonso e Hamilton.
coincidência que ontem fiz um post sobre a mclaren, com a briga Button vs Hamilton, analisando cada um, as simulações de GP e vendo todos os fatores importantes..
se voce quiser, pode opinar lá:
http://theformula1.wordpress.com/
obrigado e estou sempre de olho no seu blog, ótimo como sempre..
grande abraço; Tomás
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