Depois de Reims e de um vencedor inesperado na figura de Giancarlo Baghetti, num Ferrari privado, a Formula 1 voltava à acção com o GP britânico, disputado na pista de Aintree, nos arredores de Liverpool. E aqui, o pelotão alargava-se imenso, alinhando nada mais, nada menos do que 30 carros!
Na Ferrari, para além dos carros oficiais de Richie Ginther, Wolfgang Von Trips e Phil Hill, Giancarlo Baghetti, o vencedor de Reims, também alinhava na corrida britânica. No lado da sua maior rival, a Cooper, alinhavam Jack Brabham e Bruce McLaren, enquanto que na Porsche estavam Dan Gurney e Jo Bonnier, bem como a inscrição privada de Carel Godin de Beaufort. A BRM tinha Graham Hill e Tony Brooks, enquanto que na Lotus alinhavam Jim Clark e Innes Ireland.
Fora dos carros oficiais, havia uma míriade de carros privados, que iam desde as inscrições privadas até às equipas semi-oficiais, como a Rob Walker e a Yeoman Credit, por exemplo. Na primeira, Stirling Moss alinhava com o seu Lotus 18, mas Rob Walker inscrevera um segundo carro, um Ferguson P99 de quatro rodas motrizes e de motor à frente, para Jack Fairman. Moss testou-o nos treinos e gostou, mas acabou por ser Fairman a guiá-lo. No lado da Yeoman, alinhavam com Roy Salvadori e John Surtees.
Na qualificação, como seria de esperar, os Ferrari foram os melhores. Phil Hill foi mais rápido do que Richie Ginther, enquanto que o Porsche de Jo Bonnier fora superior ao terceiro Ferrari de Wolfgang Von Trips. Stirling Moss foi o quinto no seu Lotus privado, à frente dos oficiais. Tony Brooks fora o sexto e o melhor dos BRM, seguido pelos Lotus oficiais de Innes Ireland e Jim Clark. Jack Brabham foi o nono e a fechar o "top ten" ficara o Cooper de John Surtees.
A corrida começou à chuva forte no momento da partida, e os Ferrari aproveitaram bem a situação, ficando com os três primeiros lugares. Hill era o primeiro, mas na sétima volta, cede a posição a Von Trips. Mais atrás, Moss e Bonnier perseguiam os Ferrari, e o britânico aproveitou bem a ocasião quando Ginther comete um erra à saída de uma curva. Pouco depois, Moss aproveita a ocasião para passar Hill e ficar com o segundo posto. A partir dali, Moss perseguiu o piloto alemão, mas não conseguiu aproximar o suficiente para ameaçar a liderança.
Entretanto, a chuva para e a pista começa a secar lentamente. Com isso, os Ferrari começam a ser mais eficazes em pista, com o Lotus de Moss a ser o mais prejudicado. Superado por Hill e Ginther, começa a ter problemas com os travões e desiste na volta 44. Derrotado, mas não convencido, pega no carro de Jack Fairman e volta à pista, mas ele tinha recebido ajuda para tal e os comissários não tiveram outra alternativa que desclassificá-lo.
Sem Moss, a Ferrari não teve problemas para chegar ao fim e monopolizar o pódio, com Von Trips a conseguir a usa segunda vitória do ano, seguido de Hill e Ginther. Jack Brabham foi o melhor do resto, chegando no quarto lugar, com Jo Bonnier e Roy Salvadori a ficarem com os restantes lugares pontuáveis. Com o dominio da Ferrari nas pistas, a três corridas do final, a construtora de Maranello já tinha transformado a temporada no seu próprio feudo, conseguindo o título de Construtores e transformando o de Pilotos numa disputa entre os seus pilotos.
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