Três semanas depois de Monza e da recuperação milagrosa de Niki Lauda, que o voltou a colocar num carro de formula 1, quarenta dias depois do seu acidente em Nurgurgring, máquinas e pilotos atravessavam o Atlântico para duas provas no continente americano, antes para o grande final num inédito Grande prémio do Japão num circuito situado no sopé do Monte Fuji. A primeira das duas corridas no continente americano era o GP do Canadá, que decorria no pequeno traçado de Mosport, no Ontário.
A diferença entre Niki Lauda e James Hunt era agora de 17 pontos, pois a FIA decidira por fim o caso do GP da Grã-Bretanha, onde deu razão ao apelo da Ferrari e desclassificar James Hunt do primeiro lugar dessa corrida. Restava agora à McLaren e ao britânico dar o seu melhor na pista para bater Lauda e a Ferrari, e todos estavam focados nisso.
Na Ferrari, decidiram correr com dois carros, deixando o argentino Carlos Reutemann de fora, ele que já era piloto da Scuderia para a temporada de 1977. No seu lugar na Brabham vinha o australiano Larry Perkins, que tinha corrido algumas provas pela holandesa Boro. E na Wolf-Williams, Walter Wolf convencera o veterano neozelandês Chris Amon a voltar à Formula 1, mas na qualificação de sexta-feira, sofre um acidente espectacular com o Hesketh do austriaco Harald Ertl, do qual escapa com alguns arranhões. Depois desta aventura, o neozelandês abandona a Formula 1 de vez.
Na qualificação, Hunt conseguira a pole-position, mais 394 cetésimos do que o segundo classificado, o March do sueco Ronnie Peterson. O italiano Vittorio Brambilla, no segundo March, era o terceiro, seguido pelo Tyrrell de seis rodas de Patrick Depailler. A terceira fila tinha o Lotus de Mario Andretti e o Ferrari de Niki Lauda, a 671 centésimos de Hunt. Jody Scheckter era o sétimo, no segundo Tyrrell, seguido pelo terceiro March de Hans Stuck, e a fechar o "top ten", o Ligier-Matra de Jacques Laffite e o Brabham-Alfa Romeo de José Carlos Pace.
A corrida começa com Hunt a ser batido por Peterson na partida, com o sueco a tomar o comando. Atrás, Depailler era o terceiro, enquanto que Lauda era o sexto, atrás de Andretti. Na volta quatro, Brambilla é ultrapassado por Andretti, e pouco depois, Scheckter consegue passar o italiano.
Entretanto, Hunt pressiona Peterson e no final da nona volta, consegue ultrapassá-lo e tomar conta do comando da corrida, enquanto que aos poucos, Peterson coneça a ficar um pouco mais para trás e começa a ser ultrapassado pelos pilotos que estão atrás dele: Depailler, Andretti e Scheckter. Depois foi a vez de Lauda e de Jochen Mass.
As coisas ficam um pouco estáveis até à volta 59, altura em que o austriaco, que era quinto, começou a ter problemas com a sua coluna de direção, tornando a condução mais dificil. Com o tempo, começou a perder tempo e a ser passado por Mass e pelo seu companheiro Clay Regazzoni, tentando manter-se à tona. Tudo isso acontecia ao mesmo tempo que Hunt se mantinha no comando da corrida, firme e sem problemas.
No final, o britânico conseguira a vitória que tanto queria, ainda por cima conseguira reduzir a diferença em nove pontos, pois Lauda não conseguira pontuar, chegando num discreto nono posto. Patrick Depailler era o segundo e o americano Mário Andretti o terceiro, num novo pódio para a Lotus. Nos restantes lugares pontuáveis ficara o segundo Tyrrell de Jody Scheckter, o segundo McLaren de Jochen Mass e o Ferrari de Clay Regazzoni.
Após Mosport, a diferença entre Hunt e Lauda estava reduzida para oito pontos. E faltavam duas corridas para o final do campeonato, e este era cada vez mais excitante.
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