O Rali de França já terminou, mas sabe-se desde há algumas semanas qual será o calendário para 2012 - com o regresso do Rali de Monte Carlo e da Nova Zelândia - e quais serão os regulamentos para o próximo ano em termos de WRC. Se nos carros, nada vai mudar - motores 1.6 Turbo, três classes e as participações confirmadas das equipas oficiais da Citroen e Mini, com dúvidas em relação à Ford - em termos de regulamentações e a composição dos ralis em si, haverão novidades.
A primeira grande novidade tem a ver com o "shakedown", que se vai transformar numa espécie de qualificação, onde os pilotos terão de fazer duas passagens para fazerem as respectivas afinações nos carros, antes de fazerem a passagem final, que definirá a sua ordem de partida no primeiro dia do rali. E nos restantes dias, a ordem será invertida em relação à classificação que terão no momento. Isso poderá, de uma certa forma, aplacar as criticas sobre o fato de levantarem o pé na última classificativa do dia, para que o carro da frente "limpe" a classificativa por eles antes da sua passagem.
Contudo, este será um sistema que será apenas usado nos ralis em terra - o grande alvo das criticas - e estas regras só serão aplicadas aos pilotos ditos de "FIA prioridade 1" e "FIA prioridade 2", provavelmente os pilotos da WRC e SWRC.
Há também novidades nos carros. Por exemplo: os S2000 de nova geração só poderão participar no SWRC caso tenham restritores de Turbo de 30 mm, podendo alinhar ao lado dos velhos S2000 aspirados e os R4, que serão os substitutos dos carros de Produção. Em relação às inscrições, estas tem de ser feitas antes do dia 12 de dezembro e já não terão que ser obrigadas a participar em pelo menos dois ralis fora da Europa, como foram obrigados a fazer as equipas mais novas e que resultou na exclusão da equipa de Kimi Raikonnen, quando faltou à participação no Rali da Austrália.
Os pilotos serão obrigados a terminar o rali, caso queiram participar no Power Stage, que dá os pontos-extra para o campeonato. E para evitar situações como aconteceu com Petter Solberg no Rali da Suécia, onde foi multado e impedido de conduzir, os pilotos são obrigados a levar consigo a carta de condução. A FIA também decidiu que a figura do Observador da FIA deixa de existir, substituido pela figura do Delegado Desportivo para cada rali.
Apesar destas novidades, ainda existem arestas para limar. O primeiro deles é saber quais serão os ralis que receberão o distintivo de "long-haul", ou seja, ralis maratona, como havia nos anos 70 e 80. A grande candidata é o Rali da Argentina, mas poderão haver mais nesta lista. A ver vamos o que as próximas semanas nos irão mostrar.
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