Para quêm vê a tabela de tempos, fica com a sensação de "papel químico": Lewis Hamilton foi o melhor, na frente de Jenson Button, com Michael Schumacher em terceiro. E de facto, é verdade: os três primeiros são uma quase repetição da grelha australiana, excepto que o alemão foi quarto em Melbourne. Mas Romain Grosjean não andou longe: foi sétimo na qualificação, do qual subirá um lugar com a penalização do seu companheiro de equipa, Kimi Raikkonen, que fora quinto... com o mesmo tempo de Mark Webber, o quarto.
O facto de Lewis Hamilton ter voltado a repetir a pole-position, na frente de Button mostra que está aparentemente imperturbável com o sucedido na corrida australiana, onde foi batido por Button e Sebastian Vettel, acabando numa (aparentemente) pálida terceira posição. Contudo, ele poderá querer mostrar também que deseja que o seu fim de semana seja perfeito: pole e vitória, com a volta mais rápida de permeio. Tudo para demonstrar que é candidato a campeão e não deixar que Button o domine. Resta saber se ele - e o resto da concorrência - o irá deixar fazer isso.
O velho alemão, heptacampeão do mundo, está a ter um bom começo de temporada. Depois de ter sido quarto na grelha australiana, agora é terceiro na grelha malaia, a 172 centésimos de segundo da pole-position, batendo pela segunda vez Nico Rosberg, que teve pequenas falhas na sua volta mais rápida e não conseguiu mais do que um oitavo posto - sétimo com a penalização de Kimi Raikkonen. Veremos se a corrida lhe será favorável, o que a acontecer, seria um sinal de que este Mercedes é mais do que um carro de qualificação, como parece estar a demonstrar.
Interessante foi ver Sebastian Vettel com uma estratágia diferente, correndo com pneus duros, e conseguindo apenas o sexto melhor tempo - quinto, com a penalização de Raikkonen. Ele afirma que fez essa opção porque não se sentia confortável com os pneus mais moles, mas toda a gente saber que isso pode significar uma estratégia diferente na corrida, ficando mais tempo em pista: “Não estava confortável com os pneus macios pelo que optei por pneus duros. Espero que amanhã isso possa ser uma vantagem e espero poder ficar mais tempo em pista e ganhar alguma flexibilidade no primeiro turno da corrida. Vamos ver em que posição estamos e faremos o nosso melhor”, afirmou o campeão do mundo.
Fernando Alonso continua a transformar "leite de pedra" e levou o seu Ferrari até ao nono posto, na frente do Sauber-Ferrari de Sergio Perez, que continuou a mostrar que este chassis foi bem nascido. Os dois conseguiram desalojar da Q3 o Williams de Pastor Maldonado e o Ferrari de Felipe Massa, que apesar de ter melhorado um pouco, não entrou na fase decisiva, e faz acentuar ainda mais as criticas ao piloto e ao fato do carro ser mal nascido. E Massa não foi ultrapassado por Bruno Senna em apenas 11 centésimos...
Quanto a Maldonado, a sua rapidez ainda não foi totalmente domada: na sua primeira tentativa, ele saiu de pista, perdeu tempo para que os mecânicos pudessem verificar o carro, procurando por danos, e no final só teve uma tentativa verdadeiramente limpa. Pode-se imaginar o que teria acontecido se conseguisse mais do que uma tentativa, não é? O que demonstra duas coisas: que a Williams fez um bom carro e Maldonado é um piloto rápido, mas pouco consistente.
A Williams conseguiu um resultado de conjunto melhor do que os Force India e os Toro Rosso. Esta última até viu um dos seus pilotos, Jean-Eric Vergne, a não conseguir passar para a Q2, acompanhando os Caterham, os Marrussia e os HRT, que por fim, conseguiram tempos que lhes permitem alinhar na corrida, embora tenham ficado a 1,5 segundos... do pior dos Marussia. A continuar assim, pode ser que os passe por alturas da Coreia do Sul. Mas o objetivo da época está alcançado, para Pedro de la Rosa e Narain Karthikeyan.
Amanhã, de manhã, haverá Grande Prémio. Será à chuva ou haverá tempo só para o piso seco?
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