segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - Dia 3

O terceiro dia do Rally Dakar, que ligou Pisco a Nazca, no Peru, começou com uma “decisão de secretaria”, com a organização a dar razão a Carlos Sainz à queixa que fez à organização devido à avaria do seu GPS durante o percurso na etapa anterior e que tinha passado na mesma pelos controles. Depois de uma cuidadosa observação, a organização decidiu que ele afinal tinha ganho a etapa com uma vantagem de três minutos e 20 segundos sobre o francês Stephane Peterhansel, mantendo assim a liderança.

A etapa de hoje ficou marcado por mais um dia de grande dureza nesta edição do Dakar onde mais uma vez as dunas de areia foram rainhas. Nos carros, o grande vencedor do dia foi Nasser Al-Attiyah, que no dia anterior, a organização equivocou-se, ao penalizar em três horas afundando-se até à ultima posição da geral. Reposta a verdade, ele venceu e subiu ao segundo lugar da geral. Robby Gordon, no seu Hummer, foi o segundo classificado, na frente de Stephane Peterhansel, que com isto ascendeu à liderança do rali, já que Carlos Sainz teve problemas e perdeu 21 minutos na geral, caindo para o quinto lugar na classificação.

Quanto a Carlos Sousa, o piloto português da Great Wall perdeu quase 30 minutos na fase inicial da especial, terminado a etapa no 25º lugar, a 52 minutos e 47 segundos de Al-Attiyah, o mais rápido no percurso. Por causa disso, Sousa caiu oito lugares e agora é o 17º da geral.

A etapa ficou também marcada pelo acidente do polaco Krzysztof Hołowczyc, que aconteceu a 40 km do final da especial. O piloto do Mini foi assistido devido a dores nas costelas, enquanto que o seu navegador, o português Filipe Palmeiro, nada sofreu.

Na classificação geral, Peterhansel lidera, seguido pelo buggy de Nasser Al Attiyah, a seis minutos e 33 segundos de Peterhansel, com o Toyota do argentino Lucio Alvarez no terceiro posto. O russo Leonid Nowitsky é o quarto, no seu Mini, na frente de Carlos Sainz e do sul-africano Giniel de Villers, no seu Toyota. 

Nas motos, a terceira etapa do Dakar foi vencida pelo chileno Chaleco Lopez, com Paulo Gonçalves em segundo, a pouco mais de um minuto. O francês Cyril Desprès foi terceiro, na frente de Alessandro Botturi, e tornou-se no novo líder da categoria.

A etapa correu muito bem, consegui impor um bom ritmo desde o início até ao final e terminei em segundo. Toda a equipa está a fazer um excelente trabalho e continuamos a mostrar todo o potencial da Husqvarna TE 449 RR”, afirmou. Paulo Gonçalves, que por causa disso, subiu ao 16º lugar da geral.

Quanto aos outros portugueses, Rúben Faria ficou parado no início da especial, perdendo 18 minutos na etapa, pois teve de ficar à espera de Cyril Després, que tinha tido dificuldades em passar uma duna, no inicio da etapa. Com isso, Faria é agora o 11º da geral, a dez minutos e 47 segundos de Després.

Foi uma etapa previsível pois com o resultado de ontem já sabia que teria que parar e esperar pelo Cyril. Mais uma vez muita areia mas tudo correu muito bem. Estou fisicamente forte e com um bom ritmo de corrida. A KTM está perfeita e o Red Bull que bebi esta manhã ajudou-me a voar sob as dunas. Obrigado aos meus patrocinadores e aos meus fans por todo o apoio que me dão diariamante. Agora vou falar com os mecânicos e depois começar a preparar a etapa e a estratégia para amanhã”, referiu Ruben Faria à chegada a Nazca.

Quanto a Hélder Rodrigues, continua muito abaixo do que é capaz no seu Honda, perdendo mais 25 minutos à geral, especialmente na última parte da etapa devido a novos problemas de gasolina. Assim sendo, ele caiu para o 28º lugar da geral.

O Dakar ainda está no início e como já deu para se perceber a edição deste ano vai apresentar dificuldades muito superiores às dos anos anteriores. Estou confiante de que vamos ultrapassar estas complicações iniciais – é necessário ter em linha de conta que este projecto do Team HRC é muito recente e que a nossa Honda ainda está numa fase de desenvolvimento – e que vamos conseguir mostrar todo o nosso valor”, comentou.

O Dakar continua amanhã, entre Nazca e Arequipa, no total de 718 quilómetros, 288 dos quais percorridos em tempo cronometrado.

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