Em semana de GP do Bahrein, apesar de não ter havido tantas manifestações como se esperava, ou como aconteceu no ano passado, as pressões para que Bernie Ecclestone cancelasse o evento continuaram a existir. Esta semana, soube-se que um grupo de vinte deputados britânicos, liderados por Andy Slaughter, pediu a Ecclestone para que cancelasse a corrida, afirmando que a situação no país não melhorou desde o ano passado.
Segundo o deputado, a corrida somente aconteceu porque o país estava sob lei marcial: "Cerca de 300 manifestantes foram presos, alguns passaram meses na prisão. Eu acho que a maioria das pessoas com espírito democrático ficaria horrorizada se você permitir que a etapa do Bahrein da Formula 1 continue em meio a tantas atrocidades dos direitos humanos”, escreveu.
Em resposta, Ecclestone ironizou, afirmando que “é uma pena que isso não tenha sido trazido até mim antes de setembro de 2012, quando o calendário do Mundial de Formula 1 foi elaborado, e agora é tarde demais para fazer quaisquer mudanças ao calendário”.
“Eu não recebi nenhuma reclamação de nenhum jornalista demonstrando preocupação com o credenciamento para a corrida desse ano”, completou Ecclestone.
Entretanto, a oposição xiita afirmou que iria intensificar as manifestações pacificas no país no fim de semana de Grande Prémio, e que tentaria falar com Bernie Ecclestone para que discuta as reformas no país. "Estamos abertos para encontrá-lo", disse Ali Salman Ahmed Salman, uma das principais lideranças do partido muçulmano xiita Al-Wefaq, à agência Reuters.
"Nós falamos o tempo todo sobre reforma, direitos humanos e democracia. Qualquer pessoa pode compartilhar dessas preocupações, porque são de interesse comum. Convido todos a participar em protestos pacíficos para enviar uma mensagem para o mundo sobre a nossa necessidade de uma reforma democrática pacífica aqui", continuou.
"Eu sou contra a violência. Nosso protesto está marcado para acontecer hoje e na sexta-feira. Mas não é contra a corrida em si", garantiu.
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