terça-feira, 29 de abril de 2014

Recordando Senna no sitio dos outros

Na semana em que todos estamos a recordar Imola, houve pessoal que me convidou a escrever sobre o que aconteceu, e recordar Ayrton Senna. Um deles foi o Jaime Boueri, que me pediu para escrever um texto sobre ele. E hoje, podem ler o que escrevi por lá, do qual deixo aqui um extrato:

" (...) Quando Senna apareceu, já via a Formula 1 na televisão, mas nunca tinha ninguém para seguir. Via as coisas porque via os outros a ver, naquela minha infância, nos inícios dos anos 80. Lembro-me de ter visto o acidente fatal do Gilles Villeneuve e os noticiários sobre isso, e lembro-me também da minha mãe a falar sobre um “Pato”. Anos depois, entendi o que ela queria falar: era do José Carlos Pace.

Mas o engraçado é que não fiquei imediatamente fã do Senna. Alias, duvido que a maioria tenha ficado fã dele quando começou a correr na Toleman, no Brasil, ou quando ele fez a sua primeira demonstração de habilidade ao volante, naquele chuvoso – e prematuramente curto – GP do Mônaco de 1984. Devem ter ficado fã ao mesmo tempo que eu: naquele chuvoso GP de Portugal de 1985, o dia de Tiradentes e o dia em que Tancredo Neves morreu.

Posso testemunhar que foi um domingo chuvoso e frio. Vi a corrida na televisão, entre o espantado e o maravilhado, vendo um carro preto a ir bem no meio daquela chuva, daquela carga de água, passando imune às armadilhas ao qual os outros caíram. E no final, a receber a bandeira de xadrez, perante a euforia da multidão, e das pessoas que o acompanhavam, continuei espantado por ver aquilo tudo. E depois, o meu avô, que assistiu a tudo como eu, e ficou espantado como eu, disse a frase que me deu aquele “click”: “Tu tens que o apoiar. Ele é o teu patrício”. 

Ele tinha razão, mas não tanto por causa de ele e eu termos nascido no mesmo país, com 16 anos de diferença: era por causa daquilo que ele fazia em pista, ao qual vi ao longo dos anos a seguir. (...)

O resto da história podem ler no sitio dele, que o podem visitar a partir deste link

1 comentário:

André Candreva disse...

Paulo,

li seu texto hoje pela manhã no blog do Jaime...

parabéns pelo artigo...

muito bom mesmo...

abs...