A foto têm precisamente 40 anos. Em paragens argentinas, a Copersucar fazia por fim a sua estreia oficial na Formula 1. Não foi uma estreia resplandecente: acabaram no último lugar da grelha e a aventura só durou 12 voltas, antes do carro pegar fogo e bater nos guard-rails. A aventura do FD01 durou apenas essa corrida, pois na seguinte, em Interlagos, já andavam com o FD02, mais desenvolvido.
Era o inicio de uma aventura que duraria oito temporadas, 120 Grandes Prémios e do qual conseguiriam 44 pontos e três pódios. Já foi dito por mais do que uma vez que montar uma equipa num lugar tão distante (dos centros tecnológicos da Formula 1) foi uma aventura, mas pessoal como Wilsinho e Ricardo Divila, entre outros, queriam arriscar na ideia de um carro nacional, com tecnologia o mais nacional possivel. Depois de duas temporadas, sabiam que o melhor seria ir para terras britânicas e recrutar os melhores para o seu projeto.
Já disse que apesar de todos os obstáculos, até foi um feito a equipa ter aguentado tanto tempo. Outras mais vitoriosas resistiram por menos tempo, como a Wolf, que foi comprada no final de 1979... pela Copersucar, que aproveitou muita da boa mão de obra humana e de um bom piloto, o finlandês Keke Rosberg, para dar uma segunda vida ao projeto. Pena que as pessoas no Brasil não tenham acreditado nele.
Um dia, alguém escreverá a história completa deste projeto. Espero que isso dê a devida honra aos que estiveram nela.
1 comentário:
Paulo,
belo texto e tomara que essa história não fique somente com quem a viveu...
abs...
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