Já repararam que é diferente, mas e tudo por bons motivos. Nem nos nossos sonhos mais ousados de "petrolheads" poderíamos imaginar que em três dias seguidos, teríamos portugueses a mostrarem-se nos eventos automobilísticos mais relevantes deste inicio do ano de 2015.
Esperava que Paulo Gonçalves, Rúben Faria e Helder Rodrigues fizessem boa figura no Dakar deste ano, mas não esperava que em dois dias, Rodrigues e Gonçalves vencessem uma etapa cada um, e a unica coisa que os separava... era um dia de descanso.
Neste que é o "rally raid" mais duro do mundo, e ainda por cima, o mais mediatizado, a passar nas dunas sul-americanas, ver os motards portugueses a darem cartas é certamente um motivo de orgulho, mas melhor é ver que um deles, Paulo "Speedy" Gonçalves está na luta pela vitória, contra Marc Coma e Joan Barreda Bort, que hoje quebrou o guiador e está em maus lençois.
Pelo meio, assistimos na novata Formula E à inesperada vitória de António Félix da Costa. A nova competição da FIA de carros elétricos é certamente algo a ter em conta, sobretudo a quantidade de pilotos famosos e experientes que atraiu, muitos deles com passagem na Formula 1, e muitos deles, no caso especifico de Félix da Costa, antigos pilotos da Red Bull Junior Team, como Jean-Eric Vergne, Sebastian Buemi e Jaime Alguersuari.
A corrida foi atribulada, e Félix da Costa teve a sorte da corrida, quando viu os seus adversários serem penalizados nas boxes, mas é assim que também se ganha: estar lá no momento exato. E é uma das velhas máximas do automobilismo a cumprir-se: para chegar em primeiro, antes tem de lá chegar.
Mas mesmo assim, é um momento único ver que nestes últimos três dias, Portugal esteve em destaque, sejam nas duas rodas, sejam nas quatro. É um motivo de orgulho, e não sei se acabamos por aqui. Contudo, estes três pilotos merecem ser celebrados pelos seus feitos, num fim de semana único.
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