Ao ler a matéria da Sauber publicada hoje pelo Victor Martins no sitio Grande Prêmio, faz-me pensar se a Formula 1 não bateu no fundo. É certo que a situação da equipa não é nova, estes problemas têm mais de ano e maio de existência. Não contesto a matéria dele, porque não muito tempo antes, o Sal Chiaparetta tinha colocado no seu Facebook que as coisas em Hinwill estavam muito más. E se a equipa gastou os dinheiros de Marcus Ericsson, de Felipe Nasr e da FIA para pagar dívidas, chegando ao ponto do desenvolvimento do carro para este ano ter ficado parado por uns tempos, pois as coisas tinham chegado a um limite.
Mas também a matéria do Grande Prémio mostrou que as coisas dentro da Sauber andaram más devido ao meu desenho do carro. Eis um excerto da matéria:
"Estudos na Sauber identificaram que o fálico bico frontal foi tão mal feito que representava uma perda de 15% na aerodinâmica do C29. Cada peça custa em torno de US$ 50 mil – imagine, então, a dor de cabeça e no bolso que dava quando eram quebrados: R$ 130 mil no ralo. Uma nova asa dianteira custa, segundo tabela de homologação da FIA, US$ 500 mil ou R$ 1,3 milhão. Para efeito de comparação, as equipes grandes como Mercedes, McLaren e Red Bull chegam a conceber quatro unidades por temporada; nunca que os coitados helvéticos iam conseguir trocar a sua.
Sem um patrocinador principal e com uma bomba de quatro rodas na pista, a Sauber foi colecionando dívidas. Não à toa, apelou no fim do ano para dois pilotos que tinham de jorrar grana para o velho Peter. De Felipe Nasr e Marcus Ericsson vieram no total € 40 milhões, R$ 120 milhões para arredondar. Absolutamente tudo foi usado para pagar os credores. Os US$ 10 milhões – R$ 26 milhões – que a FIA deu pela premiação, se assim pode dizer, pelo décimo lugar no campeonato igualmente bateram na conta e viraram fumaça".
Em suma, se quisermos colocar as coisas da seguinte forma, a marca de Hinwill está literalmente a partir do zero. E mesmo que o carro esteja pronto para rodar no dia 1 de fevereiro em Jerez, as coisas vao ser complicadas, pois eles estão em contra-relógio para que tudo esteja pronto. E depois, arranjar dinheiro para que consigam sobreviver durante a temporada, para que não seja a última de uma das independentes da Formula 1, com uma história de 22 temporadas.
E claro, ela não é a única. É mais um exemplo da crise que vive a Formula 1, do qual virá em força nesta temporada.
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