A segunda parte desta revista do ano de 2014 têm a ver com o Mundial de Ralis, vulgo o WRC, onde o dominio da Volkswagen continuou, com Sebastien Ogier a conseguir o seu segundo titulo mundial, numa temporada onde dominou sobre o seu companheiro de equipa, Jari-Matti Latvala, que apesar de ter vencido quatro ralis e deu luta a Ogier até ao penúltimo rali do ano, em terras catalãs. Apesar de ter sido um dominio dos carros de Wolfsburgo - o terceiro carro, de Anders Mikkelsen, foi o terceiro no Mundial graças à sua consistência - a conrorrência mostrou-se, especialmente a novata Hyundai.
A marca coreana apostou em três carros e uma miriade de pilotos, cujos dois mais relevantes foram o belga Thierry Neuville e o espanhol Dani Sordo. Foram estes dois que deram o resultado mais inesperado do ano, uma dobradinha no Rali da Alemanha, depois dos Volkswagen... terem desistido. Neuville conseguiu mais dois pódios, mas na geral, ficou-se pelo sexto posto, atrás de Mads Ostberg, por exemplo. Outros pilotos contribuiram para o esforço da marca coreana, como o finlandês Juho Hanninen, o australiano Chris Atkinson e o neozelandês Haydon Paddon.
Já no lado da Citroen, apesar de ter pilotos como Mads Ostberg e Kris Meeke, e apesar dos oito pódios, falharam a possibilidade de vencer ralis, graças à incapacidade de bater os Volkswagen. Poderá ser um sinal de decadência, de desinvestimento - a marca está no WTCC - e do fato do DS3 WRC começar a acusar os sinais da idade, o facto é que as coisas para o lado francês não anda bem, para quem dominou os ralis na década anterior.
A mesma coisa pode-se dizer da M-Sport, que prepara os carros da Ford. Com Mikko Hirvonen e Mads Ostberg a serem pilotos a tempo inteiro, os dois conseguiram oito pódios, mas nenhuma vitória. Apesar os Ford Fiesta WRC povoarem os ralis um pouco por todo o mundo, quantidade nem sempre significa qualidade, e eles sofreram com isso. Já é o segundo ano em que a Ford não alcança vitórias na categoria principal dos ralis, e Mikko Hirvonen não esteve à altura dos eventos. Tanto que, no final da temporada, aos 34 anos de idade, anunciou o seu abandono da competição. No seu lugar na temporada de 2015, ficará o estónio Ott Tanak.
A Ford teve uma data de pilotos a correr nos seus carros, como Tanak ou o galês Elfyn Evans. Mas o destaque deve ser dado a Robert Kubica, que na sua segunda temporada completa nos ralis, a bordo de um ford semi-oficial, esteve tanto tempo fora de pista como dentro dela. Os seus excessos foram profusamente comentados, e conseguiu apenas 14 pontos, terminando no 16º lugar da geral. Apenas um sexto lugar no Rali da Argentina é o resultado mais relevante que aparentemente arranjou, mas as suas performances a roçar o pódio nos ralis de asfalto, como em França, deixaram indicar que caso consiga dominar os seus excessos, será um excelente piloto. Em compensação, no inicio do ano, foi o vencedor do Jannerrally, na Austria, mas a prova contava para o Europeu.
O mais interessante será saber como vai ser em 2015, se a Volkswagen manterá o seu dominio ou se Citroen e Ford poderão reagir, e ver como é que a Hyundai evoluirá neste segundo ano de envolvimento no WRC. E o próximo Rali de Monte Carlo terá a presença de sebastien Löeb, que quererá saber como estará perante esta concorrência, ano e meio depois da sua última vez, em França.
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