quarta-feira, 29 de junho de 2016

Missing: Monisha Kalterborn

Que toda a gente sabe que a Sauber não está nos seus melhores dias, é um facto. Contudo, ontem, o site LaF1.es deu ontem no seu site novos desenvolvimentos nessa crise, afirmando que os mais de 300 funcionários tem mais de dois meses de salários em atraso, e que a sua chefe, Monisha Kalterborn, não é vista nas instalações desde esse tempo. 

O site conta que a falta de dinheiro está na ordem do dia, apesar de haver algumas pequenas injeções de dinheiro por parte de alguns patrocinadores, para tentar garantir que haja até ao final da temporada. Mas o mais estranho é que oficialmente, há um discurso de otimismo, com a promessa de entregar novas versões do carro, por alturas do GP britânico, dentro de duas semanas.

Para piorar as coisas, a equipa anda... a recrutar novos funcionários. Algumas dezenas de trabalhadores entraram na equipa nas últimas semanas, mas a receber salários mais baixos do que os funcionários mais antigos. A ideia, é certo, é de reduzir despesas, mas esses funcionários também dizem que os novos recrutas estão a chegar lá desconhecendo totalmente os problemas dentro da equipa.

E na pista, os carros andam na cauda do pelotão, começando até a serem superados pelos Manor de Pascal Wehrlein e Rio Haryanto...

Estes rumores colocam de novo a dúvida sobre a capacidade da equipa chegar até ao final da temporada, e continuar em 2017. Duvida-se que isso aconteça, a não ser que haja uma mudança completa no financiamento das equipas de Formula 1, ou que apareçam novos patrocinadores ou um piloto com muito dinheiro. Porque os rumores sobre a possivel aquisição da equipa por parte de Sergio Marchionne, e rebatizá-la de Alfa Romeo esfriaram-se nos últimos tempos, apesar de haver uma relação estreita entre a Sauber e a Ferrari.

Veremos no que poderá acontecer. Kalternborn não é vista há muito tempo. Poderá estar a negociar mais alguns contratos para manter o barco à tona, ou pura e simplesmente tenha desistido e espera para que o dinheiro acabe e feche as portas da quarta equipa mais antiga ainda em atividade, pois está na Formula 1 desde 1993.

Post-Scriptum: Uma amiga minha me disse que os salários em atraso na Sauber já foram pagos. A ser verdade, ainda bem, mas se for como da outra vez, onde a equipa ficou dependente dos salários de um patrocinador qualquer, que injetará dinheiro como quem está a encher covas de dentes, não resolverá o problema a longo prazo. E esse "longo prazo" tem de ser uma de três coisas: ou uma redistribuição dos dinheiros, ou um teto salarial, ou então a venda para um construtor. 

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