Sebastien Ogier comemora no parque fechado de Salou o seu quarto título consecutivo no Mundial de Ralis, demonstrando que desde 2004, se quiser ganhar um campeonato, tem de ser frances e se chamar Sebastião. Depois dos nove títulos mundiais de Sebastien Loeb, agora, Sebastien Ogier é o seu sucessor, e desde que chegou à Volkswagen em 2013, não fez outra coisa senão ganhar, ganhar e ganhar. E na maior parte dos casos, merece ganhar com sobras, contra pilotos do calibre de Jari-Matti Latvala, Kris Meeke, Thierry Neuville ou Dani Sordo, e talentos novos como Ott Tanak, Craig Breen ou Hayden Paddon.
Contudo, o próprio Ogier admite que este foi um campeonato mais custoso do que nos outros anos. A Hyundai bateu o pé em algumas vezes, Kris Meeke brilhou nas poucas vezes em que levou o carro à estrada - a marca do "double chevron" fez este ano um programa parcial - e mesmo a Ford, com Ott Tanak, pregou-lhe um susto na Polónia.
Logo, no final, desabafou afirmando que este foi o campeonato mais difícil até agora: “É incrível, foi um campeonato duro, mas fantástico. Ser campeão a duas provas do fim, não posso pedir mais. Este fim de semana foi novamente fantástico em termos de sensações atrás do volante. Mas claro que agora na última especial pensei um pouco no campeonato. Tenho que agradecer e dar o meu obrigado por tudo à equipa, que é fantástica. É incrível juntar-me a Makkinen, Kankunnen e Loeb, grandes nomes do desporto. Somos um casal perfeito, e como todos discutimos um pouco. Mas este título é dele, tal como de todos na Volkswagen. Sem eles não teria conseguido.”
Ogier tem agora 37 vitórias (a sua primeira foi o rali de Portugal de 2010) em 150 ralis na sua carreira, e ajudou a Volkswagen a ter 41 vitórias em 50 participações, dos quais 30 tem a sua marca. Pode ainda ser cedo para afirmar que é o melhor piloto da sua geração, mas os números que já leva o fazem pensar que está a caminho de arranjar um lugar na galeria dos imorais. E ainda não chegou aos 33 anos...
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