domingo, 28 de janeiro de 2018

A imagem do dia (II)

Eis três pessoas dos quais muitos falam serem excelentes pilotos e excelentes pessoas. De Christian Fittipaldi, carrega um nome sagrado no automobilismo: batizado em homenagem a Christian Heins, morto nas 24 Horas de Le Mans de 1963, filho de Wilson Fittipaldi Jr, neto de Wilson "Barão" Fittipaldi, e claro, sobrinho de Emerson Fittipaldi. Teve uma excelente carreira com passagens pela Formula 1, CART, e agora na IMSA e que, aos 47 anos completados no passado dia 18 de janeiro, se prepara para pendurar o capacete. 

De João Barbosa, que veio por uma porta (muito) pequena quando chegou aos Estados Unidos, no final do século passado, depois da Formula 3 italiana e de um teste com a Minardi, em 1996, e de Filipe Albuquerque, que depois de ter sido piloto Red Bull nas categorias de formação, foi piloto Audi nas 24 Horas de Le Mans, e encontrou na Endurance um lugar onde se encontra feliz, numa carreira já longa.

Os três pilotos deram-se bem desde há alguns anos, e em 2017, quase ganharam a corrida, quando os irmãos Taylor - Jordan e Ricky, filhos de outra lenda da Endurance, Wayne Taylor - deram um "chega para lá" para ver se chegavam ao lugar mais alto do pódio. Mas tirando isso, Barbosa e Fittipaldi foram bicampeões na WeatherTech SportsCar Championship, em 2014 e 2015, e com Sebastien Bourdais, venceu em 2014, depois de Barbosa ter vencido em 2010.

E ainda por cima, Albuquerque conseguiu um recorde com 36 anos, ao baterem o recorde de distância que era de John Paul, John Paul Jr. (ambos merecem um filme de Hollywood, devido à sua carreira... colorida) e Rolf Stommelen

Em suma, estes três pilotos conseguiram hoje mais um passo nas suas carreiras. Mais do que este ser uma das maiores vitórias lusitanas, Albuquerque entra na lista dos vencedores, enquanto que Fittipaldi e Barbosa entram num restrito clube onde estão entre outros Derek Bell e Brian Redman, lendas da Endurance... e Juan Pablo Montoya. É sempre fantástico ver o lugar mais alto do pódio a falar em português, num lugar fantástico como Daytona. 

E claro, todos levarão o seu Rolex para casa. E é mais um grande dia para o automobilismo português (e para os Fittipaldi, claro).

1 comentário:

Unknown disse...

Parabéns, ótimo texto, único complemento que faço, é que além de parabéns aos Fittipaldi, também ao Brasil, como a Portugal já destacado.


Abraço

Paulo C. Maçaneiro - Riodo Sul, Santa Catarina - Brasil