Todos os anos recorde-se este dia. Não por causa do piloto e daquilo que fez, e onde isto aconteceu, mas porque o que fez foi das coisas mais épicas que se viu na história do automobilismo. E foi por isso que ficou na memória. E hoje em dia, só se encontra paralelo naquilo que fez Tazio Nuvolari, em 1935 no Nurburgring, Juan Manuel Fangio, 22 anos depois, no mesmo lugar, Jackie Stewart em 1968, no mesmo lugar e debaixo de chuva, e depois Michael Schumacher, em 1996, em Barcelona.
Genial? É. Inesquecível? Também. Garantiu o seu lugar na história. Daí ter escolhido esta foto. Não é só a consagração de um piloto. É a prova de que a Lotus poderia continuar a vencer, mesmo depois do desaparecimento do seu mentor, Colin Chapman. Peter Warr tinha comandado o barco depois da inesperada partida de Chapman, em dezembro de 1982, e nos dois anos seguintes, tinha contratado Gerard Ducarouge para tentar segurar o barco. Com Elio de Angelis, Nigel Mansell e os motores Renault Turbo, até conseguiram resultados interessantes, mas faltava um piloto tão bom como Jim Clark, Emerson Fittipaldi ou Ronnie Peterson. E Ayrton Senna parecia ser o mais lógico.
O contrato foi firmado na Holanda, em 1984, à revelia da Toleman, que o castigou, proíbindo-o de correr em Monza. Stefan Johansson ficou com o lugar e conseguiu três pontos com o carro que seria dele, mas o negócio não seria desfeito. Senna ia para a Lotus e o resto está nos anais da história do automobilismo.
E tudo isso no dia de Tiradentes, ao mesmo tempo que em São Paulo, Tancredo Neves vivia as suas últimas horas de vida.
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