A apresentação da W Series, a competição feita exclusivamente para as mulheres, feita ontem em Londres, causou diversas reações um pouco por todo o mundo, especialmente entre as mulheres piloto. Algumas, como a britânica Pippa Mann, são absolutamente contra, afirmando que "é um dia triste para o desporto" e que iria acentuar a segregação no automobilismo, mas houve outras que aprovaram a sua criação, afirmando que é uma plataforma para competir, algo do qual acham ser necessário.
Um exemplo é a alemã Sophia Flörsch, de 17 anos, e que compete este ano pela Van Amersfoort Racing, na Formula 3 europeia. Apesar de concordar com os argumentos apresentados, ela discordava da solução encontrada: “As mulheres precisam de apoio a longo prazo e parceiros de confiança. Eu quero competir com os melhores do nosso desporto.“, afirmou.
Outra que não achou muita graça à W Series foi a britânica Abbie Eaton, que atualmente é a piloto de testes do The Grand Tour, que afirmou a grande razao pelo qual as mulheres não alcançam o topo.
“Ganhei e estive no pódio em todas as séries em que participei. O que me impede de alcançar o topo? Não é a minha capacidade. É falta de dinheiro. Para quê gastar dinheiro numa segregação? Invistam nas pilotos já bem-sucedidas que precisam do dinheiro.”, afirmou.
Se há detratoras, há também apoiantes. Jamie Chadwick, que corre na formula 3 britânica e já ganhou corridas nesta temporada, defendeu o surgimento da série, tal como Alice Powell, que já correu na GP3.
“A W Series vai dar aos pilotos do sexo feminino outra plataforma para competir", começou por dizer Chadwick. "Não é nenhum segredo que o automobilismo é uma indústria extremamente difícil, muitas vezes ditada por factores financeiros. Como um campeonato financiado, a W Series não só oferece uma oportunidade fantástica para os melhores talentos femininos competirem, mas também encorajará muitas mulheres jovens a entrar no desporto. Eu sou piloto de corridas e, se pudesse, correria 365 dias do ano. Eu ainda vou correr contra homens em outros campeonatos, mas a W Series é o complemento perfeito para me ajudar a desenvolver e progredir ainda mais nas categorias juniores do automobilismo. Estou animada com o que está para vir!”
"Totalmente financiado, os mesmos carros… Uma óptima oportunidade para as mulheres tentarem dar o salto”, afirmou Powell.
Apesar das garantias de que a competição será a oportunidade delas mostrarem o seu talento e terem carros iguais, ainda há coisas dos quais não têm ainda resposta. Desde as saídas desta competição ou se contará para a Super-Licença da FIA, para ver se é viável ou não. E isso ainda não tem resposta.
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