Ausente da corrida numero mil da Formula 1 devido a uma intoxicação alimentar, e a idade também não ajuda - vai a caminho dos 89 anos - Bernie Ecclestone falou sobre o futuro da categoria e da ameaça que a Formula E poderá ser num futuro não muito distante. "É uma forma diferente de entretenimento, mas a Formula E vai começar a melhorar muito e crescer muito, o que eles já estão fazendo devagar. A Formula 1 vai sofrer por causa disso", começou por dizer em declarações captadas pelo Grande Prémio.
De uma forma têm razão. Com oito construtoras presentes - BMW, Audi, NIO, DS, Jaguar, Venturi, Nissan, Mercedes (HWA) e no ano que vêm, a Porsche - a Formula 1 nunca teve ao longo da sua história tantos construtores na grelha de partida, o que mostra que a competição tem pernas para andar, devido à sua tecnologia. E coisas como o Attack Mode, o Fanboost, os chassis iguais, tudo isso contribui para um equilíbrio presente no facto de nesta temporada, nas seis primeiras corridas, terem havido seis vencedores diferentes.
Questionado sobre que categoria comandaria em 2019, Bernie afirmou que pelo coração, ele estaria na Formula 1. Contudo, pela razão, escolheria a Formula E.
"Meu coração está sempre com a Formula 1, então eu teria que dizer [isso], mas estaria um pouco preocupado com a Formula E, com certeza", prosseguiu. "Então acho que diria Formula E. Há mais chances de grande expansão e mais chances comerciais do que há para mudar as coisas na Formula 1", concluiu.
Mudou de opinião e abraçou as energias renováveis? Nem por isso. É a perspectiva de negócio. Ele provavelmente deverá saber que o futuro é aquele e existe muita coisa para ser explorada, no sentido de tornar a competição mais espectacular. E com o tempo, a Formula E evoluirá para estar a par com a Formula 1, e ali será uma altura de se pensar se poderá haver uma fusão, ou um deles decairá até à sua irrelevância, com o outro a ficar no lugar da competição dominante
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