Andaram-nos a falar ao longo dos últimos tempos que esta seria uma ocasião importante. Na realidade, é: o fim de semana do milésimo Grande Prémio da história da Formula 1. Um mês antes de completar 69 anos, e 28 anos depois de chegar à corrida 500, na Austrália, a Formula 1 alcança um marco importante. Vai ser em Xangai, na China, num mercado que todos querem estar, porque é enorme e populoso.
Se a Formula 1 merece estar na China? Depende. Confesso que nunca vi aquele circuito encher-se na totalidade. É verdade que 120 mil pessoas são muita gente, mas em termos chineses - e até de Xangai, uma metrópole superior a vinte milhões de pessoas - é uma mosca, para o tamanho do circuito. Há bancadas que nunca foram enchidos, tanto que hoje viraram "placards" publicitários para disfarçar o facto da China, por exemplo, nunca ter tido um piloto de Formula 1.
Mas ele está onde está, e nesta altura do ano, estamos a assistir às aspirações de uma equipa, a Ferrari, a serem defeitas pela Mercedes, quer por erros próprios de um dos pilotos - Sebastian Vettel, o piloto que todos adoram odiar, e Charles Leclerc, que foi o rei do azar no Bahrein, quando a mecânica o traiu de ser coroado, logo ali, como o maior piloto monegasco desde Louis Chiron - e a Mercedes leva uma vantagem de dois a zero mais por causa da sorte do que por mérito.
Mas a qualificação não começou lá muito bem. Havia um ausente, o Toro Rosso de Alexander Albon, que bateu forte na reta da meta durante o terceiro treino livre e danificou o chassis de tal maneira que acabou por abdicar da qualificação. Claro, os Williams já sabiam que não iriam ficar com a última fila, mas eram os mais lentos em pista. Pouco depois, o Sauber de Antonio Giovinazzi também não saia, por causa de problemas no seu chassis. Melhor ainda para Grove: não seriam os últimos. Apenas os penúltimos. Quando a Q1 terminou - e a sua participação da qualificação, a diferença para o outro azarado dessa qualificação, o Racing Point de Lance Stroll, era de quase um segundo, com George Russell a ser marginalmente melhor que Robert Kubica, que se queixava de um chassis a fugir de traseira. A Williams vai penar nesta temporada com este chassis...
E na frente, a Mercedes era mais veloz do que a Ferrari, com Bottas a ser melhor que Hamilton. Um sinal do que viria por aí...
Na Q2, os pilotos experimentavam quer com os pneus macios, quer com os médios. A Mercedes começou logo a mostrar ao que vinha, e era o favorito para ficar com a pole... e se calhar, a primeira linha. Primeiro, Hamilton, que fez 1.32,603, depois Bottas fez melhor, com 1.31,728. Contudo, os Ferrari interferiram, com Vettel e Leclerc a serem segundo e terceiro, e Hamilton até tinha sido passado pelo Red Bull de Max Verstappen.
Com Bottas a voltar à pista com macios novos e Hamilton com médios, o melhor foi... o britânico. Melhor ainda que o finlandês em menos de um centésimo de segundo, mostrando que aqueles eram mais eficazes. No final, cinco equipas meteram os seis carros: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Haas e Renault. Os McLaren, o Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, o Racing Point de Sergio Perez e o Toro Rosso de Daniil Kvyat ficavam de fora da última fase da qualificação.
E a Q3... se soubessemos que seriam aos pares, como os frades, não valia muito a pena conta a história desta fase, pois a hierarquia fora respeitada, com Mercedes na frente dos Ferrari e Red Bull. Mas houve episódios pelo meio que valem a pena contar.
Primeiro, com pneus médios, Lewis Hamilton fez 1.31,570, para depois Bottas fazer... sete milésimos de segundo mais veloz, enquanto Vettel era quase meio segundo mais lento que os Flechas de Prata. Na última chance, Bottas melhorou, fazendo 1.31,547, mais 23 centésimos que Hamilton, sendo o poleman da corrida numero mil. Sebastian Vettel foi o terceiro, na frente de Charles Leclerc, com 17 centésimos entre eles. Max Verstappen, meio segundo mais lento, não gostou da sua volta e insultou todos os que se lembrou de terem prejudicado a sua volta. Mas ficou na frente de Pierre Gasly. Daniel Ricciardo ficou na frente de Nico Hulkenberg, enquanto os Haas nem sequer sairam, para pouparem os seus jogos de pneus.
E assim foi a milésima qualificação da história da Formula 1. Parece que tudo ficou na mesma, mas uma coisa é a qualificação, outra é a corrida. Resta saber se, nesta parte do mundo, valerá a pena levantar pelas sete da manhã para ver mais do mesmo? Apesar de tudo, acordarei. Porque nunca se sabe que caixinha de surpresas será aberta amanhã.
E na frente, a Mercedes era mais veloz do que a Ferrari, com Bottas a ser melhor que Hamilton. Um sinal do que viria por aí...
Na Q2, os pilotos experimentavam quer com os pneus macios, quer com os médios. A Mercedes começou logo a mostrar ao que vinha, e era o favorito para ficar com a pole... e se calhar, a primeira linha. Primeiro, Hamilton, que fez 1.32,603, depois Bottas fez melhor, com 1.31,728. Contudo, os Ferrari interferiram, com Vettel e Leclerc a serem segundo e terceiro, e Hamilton até tinha sido passado pelo Red Bull de Max Verstappen.
Com Bottas a voltar à pista com macios novos e Hamilton com médios, o melhor foi... o britânico. Melhor ainda que o finlandês em menos de um centésimo de segundo, mostrando que aqueles eram mais eficazes. No final, cinco equipas meteram os seis carros: Mercedes, Ferrari, Red Bull, Haas e Renault. Os McLaren, o Alfa Romeo de Kimi Raikkonen, o Racing Point de Sergio Perez e o Toro Rosso de Daniil Kvyat ficavam de fora da última fase da qualificação.
E a Q3... se soubessemos que seriam aos pares, como os frades, não valia muito a pena conta a história desta fase, pois a hierarquia fora respeitada, com Mercedes na frente dos Ferrari e Red Bull. Mas houve episódios pelo meio que valem a pena contar.
Primeiro, com pneus médios, Lewis Hamilton fez 1.31,570, para depois Bottas fazer... sete milésimos de segundo mais veloz, enquanto Vettel era quase meio segundo mais lento que os Flechas de Prata. Na última chance, Bottas melhorou, fazendo 1.31,547, mais 23 centésimos que Hamilton, sendo o poleman da corrida numero mil. Sebastian Vettel foi o terceiro, na frente de Charles Leclerc, com 17 centésimos entre eles. Max Verstappen, meio segundo mais lento, não gostou da sua volta e insultou todos os que se lembrou de terem prejudicado a sua volta. Mas ficou na frente de Pierre Gasly. Daniel Ricciardo ficou na frente de Nico Hulkenberg, enquanto os Haas nem sequer sairam, para pouparem os seus jogos de pneus.
E assim foi a milésima qualificação da história da Formula 1. Parece que tudo ficou na mesma, mas uma coisa é a qualificação, outra é a corrida. Resta saber se, nesta parte do mundo, valerá a pena levantar pelas sete da manhã para ver mais do mesmo? Apesar de tudo, acordarei. Porque nunca se sabe que caixinha de surpresas será aberta amanhã.
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