Passou por estes dias, mas há meio século, aconteceu um dos exemplos de como a tecnologia foi longe demais. Em Montjuich, em Barcelona, dois carros foram destruidos em duas voltas e esta foto, e Bernard Cahier, foi o melhor símbolo de como o automobilismo era perigoso.
Em 1968, a aerodinâmica surgiu, graças à Lotus e à imaginação de Colin Chapman, as asas tornaram-se enormes, colocadas na frente e atrás dos carros de corrida. Contudo, as equipas não faziam ideia sobre as forças que estavam a lidar. As asas tinham chegado ao metro de altura, para terem o downforce necessário nas curvas. Mas os materiais, quase todos de aluminio, eram mais frágeis que imaginavam. E já no final da temporada de 1968, havia casos de asas dobradas e quebradas em plena velocidade. Um exemplo foi Jack Brabham, que em Kyalami, na primeira prova do ano, teve a sua asa quebrada, mas conseguiu parar a tempo de um desastre.
Mas a 4 de maio de 1969, no circuito de Montjich, palco do GP de Espanha, as coisas foram piores. O circuito, urbano mas veloz, situava-se no monte que era sobranceiro à cidade condal. Apenas 14 carros estavam presentes, e os incidentes começaram na volta oito, quando Graham Hill perdeu o controlo do seu Lotus depois a asa traseira se quebrar. Saindo ileso do carro, quando viu que a causa do acidente tinha sido a fragilidade da sua asa, quis avisar as boxes, mas nessa altura... Jochen Rindt sofreu uma quebra semelhante, acabando com o nariz partido e o carro destruído.
Rindt, que tinha vindo para a Lotus no final do ano anterior, já tinha uma ideia do que poderia ser esta passagem pela Lotus. Mas ele queria ser campeão do mundo, e tinha de ir por aqui. O que não sabia é que iria ser colocado à prova muito cedo. E começava uma relação tumultuosa com Chapman.
Sem comentários:
Enviar um comentário