Esta é uma imagem pouco conhecida: Piers Courage, com capacete integral, no fim de semana do GP da Holanda de 1970, aquele em que veio a morrer devido a um despiste do seu De Tomaso-Williams feito de magnésio.
Normalmente faço isto quando os números são redondos, mas este ano lembro isto por causa desta foto e também por causa das circunstâncias desta corrida e as suas consequências.
Caso não saibam, os GP's da Holanda normalmente aconteciam aos sábados, porque os domingos eram mais sagrados do que são agora, e aquele 21 de junho de 1970 coincidia com o dia da final do campeonato do mundo de futebol, no México, entre o Brasil e a Itália. E a corrida tinha de acontecer um pouco mais cedo porque, por causa do fuso horário, o jogo iria acontecer pelo meio-dia local, oito da noite na Europa central.
Caso não saibam, os GP's da Holanda normalmente aconteciam aos sábados, porque os domingos eram mais sagrados do que são agora, e aquele 21 de junho de 1970 coincidia com o dia da final do campeonato do mundo de futebol, no México, entre o Brasil e a Itália. E a corrida tinha de acontecer um pouco mais cedo porque, por causa do fuso horário, o jogo iria acontecer pelo meio-dia local, oito da noite na Europa central.
Foi uma corrida interessante, pois foi a primeira de Clay Regazzoni (Ferrari), Francois Cevért (March) e Peter Gethin (McLaren). Jochen Rindt, o poleman, dominou a corrida num Lotus 72 que por fim superou os seus problemas de juventude e deu a primeira das quatro vitórias seguidas ao piloto austríaco. Mas foi o acidente mortal de Courage que mudou tudo. O estrago foi tal que causou um incêndio nas matas circundantes, do qual os bombeiros tiveram alguma dificuldade em extinguir.
Courage e Rindt eram amigos pessoais. No ano anterior, em Clermont-Ferrand, Courage tinha emprestado um capacete ao austríaco durante os treinos, e quando soube no pódio do seu acidente mortal, encarou seriamente a ideia de abandonar a competição no final da temporada. Há quem diga que depois voltou atrás com a ideia, mas seja como for, o destino impediu-o de sair da Formula 1 pelo seu próprio pé.
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