Duas semanas depois de Silvestone, a Formula 1 estava em paragens alemãs para correrem o seu Grande Prémio. Com os alemães felizes por saberem que Michael Schumacher estava muito perto de renovar o seu campeonato mundial, o público acorria a Hockenheim aos magotes, não só celebraram o piloto da Ferrari, mas saber, por exemplo, se o seu irmão iria ter uma performance tão boa como aquela que estava a ter nas corridas anteriores.
Poucos dias antes, houve uma mudança na Jordan. Eddie Jordan tinha despedido Heinz-Harald Frentzen, afirmando estar descontente com a sua performance e iria ser substituído pelo brasileiro Ricardo Zonta, o piloto de reserva. Frentzen não ficou contente e decidiu contestar o seu despedimento nos tribunais. Anos depois, Eddie Jordan justificou, afirmando que a Honda, seu fornecedor de motores, queria um lugar para o seu protegido, Takuma Sato, e Jordan concordou que ele viesse para ali.
No final da classificação, os Williams surpreendem toda a gente ao ficaram com a primeira fila da grelha, com Juan Pablo Montoya na pole, à frente de Ralf Schumacher. Mika Hakkinen foi o terceiro, na frente de Michael Schumacher, enquanto David Coulthard e Rubens Barrichello dividiam a terceira fila. Nick Heidfeld era sétimo, no seu Sauber, na frente do seu companheiro de equipa, Kimi Raikkonen, e a fechar o "top ten" estavam o Jaguar de Pedro de la Rosa e o Jordan-Honda de Jarno Trulli.
A largada foi confusa. Se na frente, os Williams não perdiam os lugares que tinham conseguido na grelha, atrás, Michael Schumacher tinha problemas na seleção da caixa de velocidades, e ficava para trás. Ele tentava assinalar o problema, mas quando chegou ao pé do Prost do brasileiro Luciano Burti, este não o viu a tempo e bateu nele com força, elevando-se momentaneamente no ar, e caindo no chão com estrondo, levando mais alguns carros pelo caminho, como o Arrows do seu compatriota Enrique Bernoldi.
A bandeira vermelha foi logo mostrada, e Burti, bem como Schumacher, regressaram à corrida nos seus carros de reserva. Ao mesmo tempo, Barrichello tinha uma nova asa traseira, depois de ser tocado por Hakkinen.
Na segunda partida, os Williams mantiveram as suas posições, com Motoya na frente de Schumacher, começando a afastar-se do seu companheiro de equipa. Atrás, novo toque quando o Jaguar de Pedro de la Rosa tocou na traseira do Seuber de Heidfeld e ambos acabaram por abandonar a corrida.
Nas voltas seguintes, os Williams mantinham-se na frente, com Barrichello em terceiro, depois de passar o McLaren de Hakkinen, que na volta 14, desistiu devido a uma fuga de óleo no seu carro. Duas voltas depois, Barrichello ia fazer o primeiro dos seus dois reabastecimentos, uma estratégia diferente dos Williams, por exemplo, que iriam parar apenas uma vez.
Montoya parou para reabastecimento na volta 22, mas perdeu mais de vinte segundos devido a uma má manobra, que o fez perder a liderança para Ralf Schumacher, enquanto ele voltava à pista na quarta posição. A seguir, veio Michael Schumacher, mas um problema no sistema de pressão de combustível o fez abandonar a prova. Duas voltas depois, na 25ª passagem pela meta, o motor BMW de Montoya explode e Ralf fica ainda mais sozinho na frente. Na volta 27, foi a vez de Coulthard também abandonar, mais uma vitima de um motor rebentado.
Até ao final, tudo calmo, e quando a bandeira de xadrez foi mostrada, Ralf vencia de forma imperial o seu Grande Prémio caseiro, 46 segundos na frente de Rubens Barrichello, o segundo classificado. Jacques Villeneuve, no seu BAR, era o terceiro, naquilo que viria a ser o seu último pódio da sua carreira. Nos restantes lugares pontuáveis estavam os Benetton de Giancarlo Fisichella e Jenson Button, e o Prost-Acer de Jean Alesi.
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