“[Estive] em contato com Nicholas. Tem todo o meu apoio e sei o quão difícil pode ser nessas situações e acho importante ele saber que tem apoio das pessoas em seu redor. Por outro lado, podes ver que há muita paixão neste desporto. Isso é o que realmente torna este desporto tão bom – há tanta paixão. Mas temos que canalizar isso de uma maneira positiva e não negativa.”, começou por dizer.
“Em última análise, não acho que tenha havido uma grande mudança ou mudança, ou trabalho suficiente feito por essas plataformas”, continuou Hamilton, dando eco a diversos problemas neste sentido nos últimos quatro anos. “Ainda temos que os pressionar para que façam mudanças. A saúde mental é uma coisa real e nessas plataformas sociais as pessoas estão a sofrer abuso de uma maneira que ninguém merece, então não deve ser tolerado. Eles são capazes de fazer mudanças, mas não parecem fazê-lo suficientemente rápido. Por isso, precisamos de continuar a pressionar.", concluiu.
As redes sociais são um fenómeno dos últimos quinze anos. O Facebook é de 2003, dois anos antes do Youtube e quatro antes do Twitter e do Instagam, para falar dos mais populares. Agregaram milhares de milhões de contas, e a sua movimentação rende dezenas de milhares de milhões de dólares. Não admira que Mark Zuckerberg, por exemplo, seja um dos homens mais ricos do mundo.
Contudo, há muito tempo que se sabe que estas redes sociais permitem que certos abusos aconteçam, em nome do lucro. Campanhas de ódio contra minorias, surgimento de "bots" e contas falsas, alimentados por políticos e estados hostis no sentido de espalhar a divisão e o ódio porque "é lucrativo", mais as coisas que os usuários mostram, muitas vezes inconscientemente - a refeição que eles comem, o carro que andam, o lugar onde viajam, a roupa que vestem - fizeram despertar graves problemas de saúde mental porque nem todos tem essa capacidade para comer quatro refeições ao dia, ter um Lamborghini, uma casa com dez quartos ou viajar para as Seychelles no seu próprio jato privado.
Ou então, tem a cor errada, o peso errado, a carteira vazia e o facto de, para chegarem lá, teriam e viver algumas centenas de milhares de anos... vivemos num mundo desigual, e o Facebook cava ainda mais essa desigualdade, pelo menos na cabeça. E muitos não aguentam essa pressão.
As redes sociais precisam de ter algum controlo parental ou governamental. Contudo, como são americanas, "a terra dos livres" e "a pátria do anarco-capitalismo", onde qualquer intenção nesse sentido é visto como "tentativa comunista" - teve de haver um ataque ao Capitólio para expulsar um presidente americano da rede social Twitter depois de vários anos a destilar odio! - não creio que tal ideia tenha sucesso. Mais rapidamente acontece uma terceira guerra mundial ou uma segunda Guerra Civil americana, ou até alguns homicídios de famosos, que uma tentativa de regulamentação dessas redes.
Infelizmente, são os tempos que vivemos. E a única coisa que se pode pedir é que as pessoas desliguem as redes sociais por mais algumas horas por dia - para além de ir dormir - para manter a sua sanidade mental. E esperar pelo melhor.
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