Contudo, ao ler por estes dias um artigo no jornal argentino Clarin, contam que quando Gilles Villeneuve morreu, em maio, Marco Pichinini telefonou ao argentino se não queria correr no carro para o resto dessa temporada. Depois de alguns dias de reflexão, decidiu recusar o convite, apesar de ele ser um grande amigo do canadiano. Alegou que estava desmotivado para correr, e as razões continuavam por lá. E ainda por cima, nunca tinha corrido num carro com motor Turbo, algo que a Ferrari tinha nesse momento.
Claro, depois de ter dado essa resposta, a Ferrari foi em busca de novo piloto, e lá ficou com o francês Patrick Tambay, que os ajudou a conseguirem 25 pontos, uma vitória e o campeonato de Construtores, especialmente depois do acidente de Didier Pironi, na Alemanha, o ter tirado precocemente da Formula 1. Mas "Lole", o homem que num dia bom era imbatível, e num dia mau parecia um caracol, do qual ninguém o conseguia tirar do buraco em que por vezes se envolvia, foi alguém querido para os locais, dos quais sempre o consideraram como campeão, um dos melhores da sua geração. E também, em muitos aspetos, alguém que era correto e sempre realizava o que era justo, do qual o melhor exemplo foi os ebentos do GP do Brasil de 1981, do qual desobedeceu às ordens de deixar triunfar Alan Jones, e do qual, se calhar, o impediu de conseguir lutar convenientemente pelo título mundial.
Seja qual for, a sua decisão de terminar uma carreira com 10 anos de duração na Europa fora tomada, e não mais olhou para trás.
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