quarta-feira, 12 de outubro de 2022

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Agora que a poeira assentou acerca das circunstâncias do bicampeonato de Max Verstappen, é altura de dizer o que isto significa, não tanto por causa dos eventos do Japão - sobre isso, merece um artigo à parte - mas falar o que foi isto e o que foi esta temporada. O que ele mostrou, o que foram estas novas regras e o que estão a mostrar, mesmo para aqueles que não querem aceitar que estamos numa nova era. 

A renovação do título do neerlandês era algo que se anunciava há muito tempo, e de uma certa forma não era algo que se esperava logo no início da temporada, especialmente depois das desistências no Bahrein e na Austrália. Aliás, nessa altura, muitos acreditavam que Charles Leclerc ia a caminho de um título mundial que daria à Ferrari o seu primeiro campeonato desde 2007, como Kimi Raikkonen. E aos "antis", só alimentariam a tese de que ele tinha sido "levado ao colo" pelos eventos de Abu Dhabi, em 2021, e do qual ele só foi campeão por interferência de Michael Masi, o então diretor de corrida da competição.

Esta é a coisa boa de uma longa temporada: se os problemas acontecem no início, quando tem tempo para recuperar, pode-se corrigir, e se o carro for superior à concorrência, basta esperar que eles escorreguem para poder aproveitar. E foi o que aconteceu: os erros de Leclerc em lugares como Imola e sobretudo, Paul Ricard, bem aproveitados por Max, fizeram com que a diferença, que chegou a ser de 46 pontos, acabasse com uma vantagem de 114, após este GP japonês. Ou seja, ao contrário de 2021, o título de Max iria ser comemorado na mesma. Era uma inevitabilidade. 

E ele dominou. O carro foi o melhor do pelotão, superior à Ferrari e à Mercedes, que dominava desde 2014, e as pessoas tendem a esquecer que Max, 25 anos de idade, está na Formula 1 desde... os seus 17. Ou seja, já é bem veterano. E é altamente provável que ele seja o piloto que desafiará as vitórias e os títulos de Lewis Hamilton, se entretanto, os regulamentos não mudarem pelo caminho, para impedir... novo domínio na Formula 1. Parece que não leem História. se lessem, sabiam que é isso mesmo que marca no automobilismo: os domínios de determinada marca, não os duelos entre equipa X e equipa Y. Isso é mais do domínio do mito. 

Bem sei que as pessoas não são muito fãs dele, ou então, que gostariam de uma consagração mais pacifica, e não uma corrida que apenas foi cumprida por pouco mais de metade, e do qual a interpretação do regulamento fez com que tivessem todos os pontos, em vez de uma parte. Mas mesmo que não fosse neste domingo, seria em Austin, ou na Cidade do México. Só uma catástrofe impediria o bicampeonato do filho de Jos Verstappen

Ou seja, ele mereceu plenamente este campeonato.

Portanto, glória a Max, o campeão do mundo de Formula 1 de 2022, que guiou o melhor carro do campeonato.   

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