domingo, 5 de novembro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 20, Interlagos (Corrida)


Todos os anos, a Formula 1 chega a um lugar onde os fãs são verdadeiramente apaixonados pela coisa. Adoram tanto isto que por vezes, exageram na coisa, mas não é nada que não seja resolvido. Pilotos, dirigentes, mecânicos... todos adoram a atmosfera de Interlagos. E então, quando o tempo interfere com a coisa... ainda melhor. 

Mas isso só aconteceu na sexta-feira. Neste domingo, o sol fazia a sua aparição sobre a cidade e todos comemoravam só o facto de estarem ali. E claro, com tudo resolvido, quer-se saber como será esta corrida, se haverá entretenimento ou... nem por isso. O que se queria saber era se haveria duas ou três paragens na corrida. Boa parte dos pilotos iriam sair com moles, para acelerarem logo no inicio do Grande Prémio. 


E logo na volta de aquecimento... Charles Leclerc batia nas barreiras, na curva da Ferradura! Começava bem esta Grande Prémio, com 19 carros alinhados na grelha final. Momentos depois, a partida era dada e Max ia para a frente, com bandeiras amarelas a serem mostradas no local do acidente do Ferrari do monegasco. Mas atrás, o Haas de Kevin Magnussen e o Williams de Alex Albon tocam-se e acabam também na barreira - o tailandês depois de tocar no carro de... Nico Hulkenberg! - e a organização não teve outro remédio senão mostrar a bandeira vermelha. E pela segunda corrida seguida.

Passada meia hora, 17 pilotos alinhavam para a segunda partida, com todos calçando moles - excepto Piastri - e na partida, Max continuava na frente, com Norris em segundo e Hamilton lutando com Alonso para ser terceiro. Com o passar das voltas, Max começou a afastar-se de Norris, com Alonso em terceiro, enquanto as lutas aconteciam para o sexto posto, entre George Russell e Sérgio Pérez. O mexicano passou na volta 14, mas apesar dos contra-ataques do piloto britânico, o mexicano da Red Bull levou a melhor. Norris estava agora vulnerável a um grupo que tinha Lance Stroll, Carlos Sainz Jr e Pierre Gasly.

A partir da volta 18, começaram as paragens nas boxes, com trocas dos moles para os médios, com os primeiros a irem ás boxes a serem os Mercedes, seguido do Red Bull de Pérez. O mexicano saiu atrás de Hamilton, e pelos vistos, tinha de se esforçar para apanhá-lo de novo. Conseguiu na volta 23, depois de uma tentativa na travagem para o S de Senna. E ao mesmo tempo que acontecia isso, Guoyan Zhou tornava-se na quarta retirada da corrida.  


Alonso parava na volta 26, ao mesmo tempo que Sainz Jr. para na volta seguinte, acontecia com Max e Norris. Todos colocavam médios, e quando a corrida chegava quase a meio, Max tinha uma vantagem de cinco segundos sobre o piloto da McLaren. E a grande atenção da corrida tinha a ver com os Mercedes, que lutavam entre si pelo sexto posto... e a serem apanhados pelo Ferrari sobrevivente do piloto espanhol. Sainz Jr passou Russell na volta 36, quando Hamilton começou a queixar-se dos pneus. Duas voltas depois, o espanhol já era sexto, passando o outro Mercedes.

E na volta 39, Bottas retirava-se no seu Sauber-Alfa. Quinta desistência da corrida, e a prova começava a ser de atrição.   

A segunda janela de paragens começou com George Russell na volta 46, quando começou a ser apanhado por Yuki Tsunoda, trocando para moles, seguido por Pérez, Hamilton, Gasly e Tsunoda, na volta seguinte, Alonso na 48. Os Alpine livraram-se dos Mercedes enquanto na volta 52, Sainz Jr trocava para moles, regressando na sétima posição. Stroll fazia a mesma coisa na volta a seguir.


Agora, o grande interesse da corrida - afinal de contas era a luta pela terceira posição - era a luta entre Fernando Alonso e Sérgio Pérez. Contudo, ambos estavam a mais de... 36 segundos de Norris, o segundo classificado. A 15 voltas do fim, Max e Yuki paravam pela terceira vez, com moles, e agora, tirando Norris, todos andavam com o componente vermelho.

Na volta 59, a sexta retirada da corrida: George Russell, no seu Mercedes, numa altura em que Norris ia para as boxes, colocando moles. Depois disto, o britânico da McLaren começava a aproximar-se de Max, atrás, Pérez tentava apanhar Alonso para ser terceiro. A experiência do espanhol começava a mostrar-se, especialmente na parte da defesa ao carro do piloto mexicano.


Na volta final, Pérez atacou Alonso e passou o espanhol, mas o piloto da Aston Martin reagiu e voltou a passá-lo no final da Reta Oposta, aguentando para o ataque final na reta da meta. No final, foram 32 milésimos de segundo, mas Alonso era terceiro, dando mais um pódio para a equipa verde. E com Stroll em quinto, até foi um grande fim de semana para eles. 

E como disse um amigo meu, a Formula 1 acabou agora. Porque as próximas duas corridas acontecem em corridas de maus circuitos e mais purpurina que substância.       

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