domingo, 3 de março de 2024

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Nesta história toda da polémica da Red Bull e dos ficheiros que foram parar aos mails de praticamente toda a Formula 1, mais os jornalistas que acompanham o circo, aparentemente, uma pessoa começa a aparecer como o "mau da fita". 

E é um Verstappen. Não Max, mas o seu pai, Jos Verstappen

E quem está a seguir a história desde o inicio, faz sentido. Reparem: onde é que a história surgiu, no mês passado? No "De Telegraaf", um jornal neerlandês. E quem estava no Bahrein neste fim de semana, para além de Horner e da sua mulher, Geri Halliwell, a ex-Spice Girl? "Jos, the Boss". Ele não aparece tanto nas boxes, é mais a namorada, a Kelly Piquet, que curiosamente, tem mãe neerlandesa. 

Agora, se ele fez isto, foi para quê? Ninguém tem uma ideia definida, mas uns afirmam que é por poder, outros falam que é para sacar ainda mais dinheiro para ele - Max ganha cerca de 70 milhões, entre salário, prémios e bónus de desempenho - outros afirmam que é porque quer ver a Red Bull a pegar fogo, para que o filho saia antes do final do contrato, por um valor baixo. E ir para onde? Mercedes. 

Se for a última parte, tem algum sentido. Horner é uma das "colas" que une a coloca a Red Bull nos eixos, a par do Adrian Newey e Helmut Marko. Desde a morte de Dietrich Mateschitz, em outubro de 2021, que a equipa se manteve na mesma, a ganhar corridas e campeonatos. Mas Marko tem 80 anos, Newey está cada vez mais fora dos assuntos do dia-a-dia, porque quer desenhar outras coisas, como barcos, logo, sobra Horner. 

Muitos falam que isto pode ter sido um golpe dentro da Red Bull que deu muito errado. Este "lavar de roupa suja" faz parte disto tudo. E se não é dinheiro, é poder. Só que... se for poder, então, muito provavelmente, Horner terá alguma proteção. Exceto por Toto Wolff, por mero aproveitamento maquiavélico - o fogo na casa do meu vizinho só melhora a minha casa. Rumores vindos de Milton Keynes falam que a relação com a Ford está sob tensão, e não falo só da carta: o motor, por agora, não é grande coisa. Quem fala disso é a Julianne Cerasoli, na sua conta do Twitter.

Ainda falta um bocado para 2026, mas é um sinal de alerta.

Todos entendem que Horner é muito melhor a liderar que o Verstappen mais velho. 20 anos no posto mostram tudo. E Jos? Como piloto, quem andava no paddock no inicio do século dizia e sabia que ele tinha a pior personalidade do pelotão. E ainda por cima, ele tem cadastro como agressor de mulheres, com pena de prisão e tudo. E muitos sabem que Jos foi o grande educador de Max para ser piloto. E ele foi muito agressivo, colaborou para a personalidade abrasiva do atual piloto da Red Bull. Mas foi Jos que conseguiu fazer com que Max seja excelente na pista, dominando sobre o pelotão, num campeonato onde poderá estar a caminho do tetracampeonato.

Mas acho que Jos não quer poder. Quer ver o mundo a arder. É desse tipo de pessoa. 

Claro, resta saber como isto acabará. Porque isto não acabou nem na quarta-feira, nem neste sábado. Se ainda não sabem, digo agora: foi declarada a guerra civil na Red Bull. Aliás, enquanto escrevia estas linhas, soube-se pela BBC que o Mohammad Ben Sulayem, o presidente da FIA, perguntou ao Max se iria apoiar publicamente o Christian Horner. Lealdades...     

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