terça-feira, 11 de junho de 2024

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Jackie Stewart faz hoje 85 anos, e neste momento, é o campeão do mundo mais antigo ainda vivo. Uma verdadeira lenda do automobilismo - três títulos mundiais, 27 vitórias, 17 pole-positions, 15 voltas mais rápidas e 43 pódios -  para além disso, foi um dos grandes campeões da segurança, com o reforço das condições nas pistas, nos carros e nos capacetes e fatos de proteção. Ele deu um verdadeiro impulso, muitas das vezes, indo contra a corrente, especialmente os céticos.

Isto depois de ter sofrido um acidente sério no GP da Bélgica de 1966 e ter visto em primeira mão quer os carros, quer os socorros na pista. E nem se fala dos muitos amigos que perdeu devido aos acidentes nas pistas. 

Contudo, hoje falemos do piloto escocês, o segundo melhor de sempre depois de Jim Clark, num sitio onde poucos esperariam: Indianápolis.

Já se sabia que os europeus tinham regressado à América quando Jack Brabham tentou a sua sorte num Cooper em 1961 e conseguiu um digno nono posto. Contudo, quando o seu compatriota Clark ganhou em 1965, com um Lotus-Ford de motor traseiro, quase todo o pelotão apareceu no ano seguinte para tentar mostrar aos americanos que tinham vantagem sobre eles e que estavam atrasados em relação à Europa. Só eram melhores no quesito "dinheiro"...

Assim sendo, em 1966, Clark tinha a companhia de boa parte do pelotão, a saber: Stewart, Graham Hill, Dan Gurney, Masten Gregory e Ronnie Bucknum. Estes dois últimos acabaram por não se qualificar. Já Stewart, que guiava um Lola-Ford da equipa de John Mecum, tinha conseguido um decente 11º posto na qualificação, com Clark a ser segundo. 

Stewart tinha uma coisa interessante quando ali chegou: na sua segunda temporada na Formula 1, tinha já ganho duas corridas, uma delas no Mónaco. Aos 25 anos, era uma da esperanças do automobilismo mundial.

A corrida começou com uma carambola, com 16 carros envolvidos. Desses, 11 ficaram logo eliminados, com os restantes a alinharem na segunda partida, quase hora e meia depois. Quando a corrida recomeçou, Lloyd Ruby dominou a primeira parte, antes de Mário Andretti e Jim Clark começarem a trocarem entre si a liderança. Clark despistou-se por duas ocasiões, regressando à pista sem problemas, e na parte final, Stewart estava a comandar, de forma tão dominante que parecia poder ser o primeiro "rookie" a ganhar em quase 40 anos.

Contudo, a dez voltas do final, a bomba de óleo quebrou e o escocês, que já tinha uma volta de avanço sobre o pelotão, acabou por encostar o carro e ir para as boxes. A liderança caiu ao colo de Graham Hill, que limitou-se a levar o carro para a meta, onde recebeu a garrafa de leite e a solidificar o seu palmarés rumo à Tripla Coroa. Apesar de tudo, Stewart classificou-se na sexta posição, e foi votado como o Rookie do Ano. 

Ele regressaria imensas vezes a Indianápolis. Como piloto, só mais uma ocasião. Depois, como um dos comentadores mais conhecidos do ABC World of Sports, comentando nos finais de semana das 500 Milhas.  

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