Outra coisa que até é interessante: esta é a corrida mais curta do ano. E se nos anos em que as coisas são aborrecidas, até pode ser um alivio, quando as coisas são agitadas, acaba por ser o seu contrário, e salivamos de excitação, sempre que travam para as chicanes ou para a Parabólica.
Entretanto, Russell tinha o nariz algo danificado e tinha caído para sétimo. Ele acabaria por perder um lugar para Sérgio Pérez e na 11ª volta, acabaria nas boxes para trocar de nariz.
Este foi o primeiro dos diversos pilotos que oram às boxes para trocar os médios para os duros, tentando fazer uma só paragem até ao final da corrida. Alonso foi às boxes na volta 13, ao mesmo tempo que Norris, no seu limite, pisava o risco na segunda Lesmo, porque ao lado, há a temível gravilha... afinal de contas, tinha um Ferrari para apahar.
Na volta 16, Charles Leclerc e Lewis Hamilton iam às boxes, ambos a colocar novos pneus duros. Piastri apareceu por lá na volta seguinte, entregando a liderança para Sainz Jr. O australiano continuou na frente de Norris, mas estavam mais perto. Albon tinha ido na volta 18, no seu Williams, e Sainz Jr duas voltas depois. Os Red Bull estavam na frente por causa dos seus pneus, mas por exemplo, Max não se afastava muito de Checo, no segundo lugar provisório.
Mas a diferença não foi muita: Max foi às boxes na volta 23, 30 antes do final, uma volta antes de Pérez. Ambos mantiveram os duros, o que poderiam colocar na frente até ao final da corrida, mas nada estava garantido.
Na frente, Piastri tinha os Ferrari sob controlo, com cerca de cinco segundos de vantagem, até na volta 39, o australiano ir às boxes, mantendo os duros, e caindo para terceiro, entre o Ferrari de Sainz Jr e o Red Bull de Max, que estava a ser assediado por Norris. Ele passou para o quarto posto na volta 41, e agora tinha na frente os Ferraris, que queriam ficar na frente, porque poderiam ficar assim na meta. Se os pneus aguentarem. É que eles tinham 16 segundos na frente de Piastri, a 11 voltas do fim... e o australiano ganhava um e meio a dois segundos a eles. Pode ser que consigam.
No meio disto, Max foi às boxes colocar médios e ganhar alguma coisa.
Na volta 42, Piastri encostava-se a Sainz Jr, mas só foi na volta seguinte, na travagem para a variante Ascari é que o australiano conseguiu ficar com o segundo posto. E logo depois de Sainz Jr se queixar dos pneus, o que era importante.
Mas na parte final, muitos pensaram que Piastri poderia apanhar Leclerc por causa da frescura dos pneus, mais novos que os do monegasco, que tinha desde a volta 16. Mas apesar do australiano se aproximar, parecia que a Ferrari iria ganhar em casa. E ganhou! Pouco mais de três segundos e meio sobre Piastri, mas Leclerc era o melhor, cinco anos depois da sua primeira vitória naquela pista.
E foi assim mais uma corrida na capital italiana do automobilismo. E numa temporada onde parece que tudo está baralhado... e com chances de voltar a baralhar.
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