domingo, 23 de março de 2025

Formula 1 2025 - Ronda 2, Xangai (Corrida)


Daquilo que o fim de semana nos mostrou até agora é que temos de esperar... o inesperado. Um exemplo? Ver um Red Bull na última posição, sem que tenha acontecido por causa de um acidente, é tão inesperado que mal isso aconteceu, as câmaras foram à procura de Helmut Marko para ver a sua expressão. As especulações abundam e o piloto, Liam Lawson, tem a cabeça em perigo - alguma vez não esteve? 

E se alguém pensar que "pode ser o pior dia da Red Bull", lembro sempre do sketch d"Os Simpsons" em que o Bart diz essa frase para que o seu pai, Homer, lhe responder " é o pior dia da Red Bull... hoje". Porque irá piorar. Eu sei que 2026 poderá ser uma catástrofe para eles. Mas isso é a médio prazo. 

Porque no curto, Lewis Hamilton ganhou a corrida "sprint", Oscar Piastri conseguiu a sua primeira pole-position, ao lado terá George Russell e os Racing Bulls entraram na Q3. E há quem ache que não está suficientemente equilibrado...


Tempo cinzento em Xangai, com possibilidades de duas paragens entre os pilotos. Todos largavam com pneus médios, pensando em parar cedo na corrida, e também tentando ficar até ao final da prova, se a temperatura do asfalto ajudasse. A hipótese era tentadora...

A partida foi normal: Piastri na frente de Russell, apesar de este o ter tentado passar nos metros iniciais, com Hamilton a chegar a quarto. Depois das suas primeiras curvas, Norris ganhou um lugar ao piloto da Mercedes, e os três já tinha, alguma vantagem sobre o britânico da Ferrari. Max perdia posições para os Ferrari, acabando em sexto no final da primeira volta. Por essa altura, tinha-se descoberto que o monegasco tinha a asa danificada por um toque do seu companheiro de equipa, mas aparentemente, o seu ritmo continuava normal em relação ao resto do pelotão.

Na quarta volta, Fernando Alonso tinha problemas de travões e andava lento na pista, acabando por abandonar. Iria ser a primeira desistência - e a única desta corrida. Por esta altura, os McLaren aguentavam Russell, numa corrida que lentamente se tornava numa procissão. 

A partir da décima volta começaram as paragens nas boxes, mas Piastri e Russel apenas lá foram na volta 15, para colocarem os seus duros. Norris e Leclerc, que eram os dois primeiros naquela altura, foram às boxes na passagem seguinte pela meta, dando a liderança provisória... ao Williams de Alex Albon! há quanto tempo é que já não viam isso? 

Entretanto, na saída das boxes, Russell saiu melhor e conseguiu passar Norris quando ambos se viram atrás do carro de Lance Stroll. O piloto da Mercedes saiu melhor, e ficou com o segundo posto. Mas o da McLaren não desistiu e duas voltas depois, partiu para o ataque e numa manobra bem ousada, ficou com o segundo lugar a Russell. Tudo isto no final da reta da meta.  

Pela metade da corrida, os McLaren estavam na frente, não muito longe um do outro, e por esta altura quem ia para as boxes, trocava para médios. Russell, o terceiro, aguentava as investidas de Leclerc, e Hamilton não estava muito longe. Todos na frente de Max, o sexto. E tirando as paragens nas boxes, onde estavam a ver se levavam os duros até ao final - alguns sim, outros nem por isso - o resto era uma... procissão. Piastri era o melhor, mantendo a sua corrida de forma adulta, mantendo a distância para Lando Norris.


Contudo, por essa altura, enquanto houve aos pilotos avisos de chuva para a parte final, Max aproximava-se de Hamilton, mas quando se esperava que o apanhasse, o britânico foi às boxes, para trocar, mantendo duros. Isto na volta 38. 

Entretanto, quem passava piloto atrás de piloto, e com médios calçados, era o Haas de Oliver Bearman. Sempre que fazia isso, dizia "ciao". Contudo, quando quer passar Pierre Gasly, este vendeu cara a derrota, porque era por um lugar nos pontos. Independentemente das estratégias, a Haas estava a dar-se bem em Xangai. Afinal, nessa altura, Ocon é sétimo, apostando na conservação dos pneus - tinha duros - o mais longe possível.  

Na volta 46, as imagens televisivas mostravam uma asa danificada no carro de Tsunoda, e ele atrasava-se na luta por um lugar pontuável. De uma certa forma, a sua corrida estava acabada. 

Perto do final, enquanto os McLaren ficaram congelados nas suas posições, Max estava colado na traseira de Leclerc, para o passar na volta 53, umas voltas antes, Jack Doohan, que quando se tentava defender de Isack Hadjar, o colocou fora da pista, acabaria com uma penalização de 10 segundos. O francês ainda tentou passar o piloto da Alpine, mas...nada, mesmo com penalização.


Na última volta, Norris teve de aguentar as investidas de Russell - o piloto da McLaren tinha problemas de travões - mas ele tinha um problema com os travões. Aguentou-se bem e o segundo lugar até foi uma vitória. Atrás, Hamilton tentou apanhar Leclerc, que tinha os pneus no limite, mas o resultado foi o mesmo: o monegasco foi quinto, na frente do britânico. Os Haas saíram de Xangai felixes, com o sétimo posto de Ocon, numa estratégia excelente, e Oliwer Bearman conseguiu o ponto do décimo posto, atrás do Williams de Alex Albon, depois dos médios do seu carro terem dado o que tinham a dar. 

Ah... e Liam Lawson foi quarto... a contar do fim. Sem incidentes. Marko o deixa a pé antes de chegaram à Europa?

E assim foi a corrida chinesa. Sem estórias para contar, em contraste com a corrida australiana da semana anterior. A não ser que os McLaren tem tudo controlado. Agora são duas semanas até Suzuka. 

Sem comentários: