Nascido a 15 de maio de 1963 em Milão e filho de um publicitário, cujos clientes incluíam a Parmalat, A sua paixão começou aos 12 anos quando foi a Fiorano, com o seu pai, e sentou-se no cockpit do Ferrari 312T, com a autorização de Ermano Cuoghi, o mecânico de Niki Lauda. Começou no karting aos 15 anos, em 1978, e em 1982 passou para os monolugares, para a Formula 3 italiana, numa equipa que pertencia a Cesare Gariboldi. Este viu o potencial em Capelli e praticamente ajudou-o na sua carreira - o regressar da March à Formula 1, em 1987, é praticamente a sua equipa, a Genoa Racing.
Em 1983, Capelli passou para a Coloni, onde acabou por ganhar o campeonato italiano. No ano seguinte, passou para o Europeu, onde também acabou por ganhar, e foi quinto classificado no GP de Macau.
A temporada de 1985 tinha sido algo trabalhosa para Capelli. Só entrou na Formula 3000 na quinta corrida da temporada, mas foi através da Genoa Racing, do seu amigo e protetor Gariboldi, e não estava a correr muito bem. Até à ronda de Osterreichring, onde tudo correu bem para ele, acabando por ganhar. A 22 de setembro, em Donington Park, Capelli acabou a corrida na terceira posição, conseguindo também a volta mais rápida, e acabava o campeonato num digno sétimo posto, com dois pódios e uma volta mais rápida. Excelente, para um estreante.
A sua rapidez fora observada por Ken Tyrrell, que lhe ofereceu um dos lugares para, pelo menos, esse Grande Prémio, para saber se ele conseguiria superar as dificuldades de guiar um carro com motor Renault Turbo. Iria ser uma prova de fogo, mas a chance de correr na categoria máxima do automobilismo, o seu sonho, não podia ser desperdiçada.
Afinal de contas, desde o final de 1983 que Capelli tinha feito diversos testes a bordo de carros de Formula 1. Da primeira vez, ainda com 20 anos, testou Brands Hatch com um Brabham BT52B, em conjunto com o americano Davy Jones e com o veterano... Stirling Moss. Então com 54 anos, foi experimentar um carro com motor Turbo e o seu velho capacete aberto!
Um ano depois, no Autódromo do Estoril, Capelli regressou para experimentar no Toleman TG184 com o declarado objetivo de conseguir uma vaga na equipa britânica para 1985. Neste teste, estavam outros contendores: o alemão Manfred Winkelhock - que tinha corrido no Estoril com o segundo carro da Brabham - o brasileiro Roberto Moreno, o inglês Johnathan Palmer e o neerlandês (e já veterano) Jan Lammers.
Ayrton Senna, nos últimos dias ao serviço da equipa, antes de passar para a Lotus, ajudava a Toleman nos testes da marca, fazendo um tempo que servisse de referência para os outros pilotos. Só que esse tempo que marcou (1.21,60) acabou por ser… recorde da pista!
Obviamente, ninguém chegou perto do tempo do brasileiro. O melhor foi Roberto Moreno, com 1.24,10, seguindo de Winkelhock, com 1.24,12. Capelli fez apenas 1.30,40, a quase nove segundos de Senna. Obviamente, não ficou com o lugar e seguiu em 1985 com a Formula 3000.
Como seria de esperar, a qualificação não foi brilhante. Acabou na 24ª posição, seis segundos atras do "poleman", Ayrton Senna, mas o sonho estava a ser concretizado, apesar das circunstâncias. E ainda por cima num fim de semana onde Alain Prost poderia sair dali como campeão do mundo.




Sem comentários:
Enviar um comentário