No dia em que se confirma a presença de Marcus Winkelhock como piloto da Spyker para o GP da Europa, neste fim de semana, é tempo de recordarmos o seu pai, um dos melhores pilotos alemães dos anos 80, morto quando o seu filho tinha apenas cinco anos. Hoje é dia de recordarmos Manfred Winkelhock.
Nasceu a 6 de Outubro de 1951 em Walbingen, nos arredores de Estugarda (teria agora 55 anos). Começou a sua carreira em 1975, na VW Junior Cup, onde alcançou algumas vitórias no ano seguinte. em 1977, junta-se à equipa BMW Júnior Team, fazendo parelha com o suíço Marc Surer e o americano Eddie Cheever, e em 1978 e 1979, corre num Ford Capri na DRM, a antecessora da DTM, o campeonato de Turismo alemão.
Em 1980, corre na Formula 2, a bordo de um March-BMW, onde só vai ao pódio por uma vez. Mas é mais conhecido nesse ano pelo seu espectacular acidente em Nurburgring, quando o seu carro voa na “Flugplatz” (belo nome…) e desintegra-se, sem causar danos maiores ao piloto… Mas é também messe mesmo ano que Winkelhock tem a sua primeira hipótese de experimentar um Formula 1, no Grande Prémio de Itália desse ano, corendo num Arrows, em substituição de um lesionado Jochen Mass. A sua inexperiência sai caro: não se qualifica.
Continua a correr na Formula 2 em 1981, conduzindo um Ralt, e depois um Mauer-BMW. Consegue melhores resultados, mas sem vencer qualquer corrida.
Mas no ano seguinte, Winkelhock consegue a oportunidade de correr na Formula 1, através do seu compatriota Gunther Scmidt, patrão da ATS, uma empresa de jantes de Bad Durkheim, na Alemanha Ocidental. Já estava na Formula 1 há alguns anos, e toda a gente já conhecia o seu mau feitio, o que fazia com que os membros da sua equipa tivessem uma curta estadia…
Mas em 1982, as coisas eram diferentes: Winkelhock ia conduzir o carro, tendo como seu companheiro o chileno Eliseo Salazar, e as coisas começaram bem para o alemão: décimo na Africa do Sul, acaba em quinto no Brasil, conseguindo os seus dois primeiros (e únicos) pontos do ano. Ainda chega ao sexto lugar em San Marino, mas viria a ser desclassificado devido ao carro estar abaixo do peso regulamentar. No final da época, Winkelhock fica em 22º no campeonato, com dois pontos.
No ano seguinte, a ATS consegue obter motores BMW Turbo, e Winkelhock é o único piloto da marca. O carro, desenhado por Gustav Brunner, é bem feito, e consegue boas posições na grelha, mas infelizmente não acaba nenhuma das corridas nos pontos. Continua na equipa em 1984, mas os resultados são piores. Após o GP de Itália, Gunther Schmidt despede-o e ele vai correr na última prova, no Estoril, a bordo de um Brabham.
Em 1985, Winkelhock vai correr para outra equipa do fundo do pelotão: a RAM. Os resultados não eram bons, mas em compensação, a sua carreira nos Sport-Protótipos era melhor: correndo com o Porsche 956, ganhou os 1000 Km de Monza, em conjunto com o seu amigo Marc Surer. Mas a 12 de Agosto desse ano, quando corria os 1000 Km de Mosport, no Canadá, o seu Porsche 956 bateu fortemente nos muros de protecção, ferindo-o seriamente. Após algumas horas, Winkelhock morria no hospital do circuito. Tinha 33 anos.
A sua carreira na Formula 1: 56 Grandes Prémios, em cinco temporadas, dois pontos no total.
Apesar de tudo, o legado continua: o seu irmão Joachim tentou a sua sorte na Formula 1 alguns anos depois, mas sem resultados. Depois tornou-se num excelente piloto nos Turismos alemães, a bordo de carros da BMW, e agora temos o filho Marcus, que se vai estrear a bordo de um Spyker-Ferrari, 25 anos depois da passagem do seu pai pela Formula 1…
2 comentários:
Fixe.... Confesso que não conhecia a carreira do Pai Winkelhock...hehehe
Smepre a aprender
Interessante.
compara
foritizaçao a desratizaçao de foristas (apanho com cada um - sempre a criticar, parece impossivel!)
Um ABRAÇO
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