Nos dois anos seguintes, Niki Lauda procurou erguer a sua companhia aérea, que servia como transporte regular de táxi aéreo. Mas no final de 1981, tinha voltado a sua vontade de pilotar, e aliado com as dificuldades financeiras que estava a passar devido à sua companhia aérea, decidiu voltar a competir, desta vez pela McLaren, a partir da temporada de 1982, que tinha agora um novo proprietário: Ron Dennis.
Juntando-se de novo a John Watson, seu companheiro de equipa pela Brabham, quatro anos antes, a vontade de correr tinha voltado. Restava agora convencer os cépticos de que a sua vontade de vencer não tinha esmorecido. Mas primeiro, tinha um problema político para resolver, em Kyalami, a primeira prova de 1982: a FISA tinha incluído uma “cláusula leonina” no caso da Super Licença, onde os pilotos estavam obrigados a assinar contrato por uma só equipa durante a temporada, mesmo que sejam despedidos a meio dela. Lauda denunciou a situação e organizou o protesto dos pilotos, fretando um autocarro e colocando-os no mesmo hotel, todos juntos, para evitar divisões, enquanto que o presidente da GPDA, o francês Didier Pironi, negociava a situação com Bernie Ecclestone e Jean-Marie Balestre, presidentes da FOCA e da FISA. Ao fim de um dia e meio, a clausula foi retirada e os pilotos voltaram a competir.
Lauda adaptou-se rapidamente ao meio: ganhou em Long Beach e depois em Brands Hatch, no GP da Grã-Bretanha. Acabou a temporada na quinta posição, com 30 pontos. Em 1983, a temporada foi pior, sem ganhar corridas, e ainda com a "humilhação" de não se ter qualificado para o GP do Mónaco. De resto, apenas dois pódios compuseram melhor a época. Mas em Zandvoort, estreia o novo motor TAG Porsche Turbo, e dá-lhe boas esperanças para 1984. Até lá, acaba a temporada com 12 pontos e o décimo lugar na classificação.
O ano de 1984 traz-lhe novo chassis, o MP4/2, e um novo companheiro de equipa: o francês Alain Prost. O motor TAG Porsche atinge o seu rendimento óptimo e Lauda tem de novo um carro competitivo. Ganha na Africa do Sul, em França, Inglaterra, Áustria (13 anos depois da sua estreia, ganha no seu pais!), e em Itália, no circuito de Monza. Contudo, a sua regularidade, especialmente na segunda parte do campeonato, fizeram com que estivesse na corrida pelo título com o seu companheiro Alain Prost. E tudo iria ser decidido na última prova do campeonato, no Autódromo do Estoril.
Partindo da 11ª posição, foi paulatinamente subindo na classificação, até ficar em terceiro, atrás do Lotus de Nigel Mansell. Contudo, o carro do piloto inglês debatia-se com problemas nos travões, e à volta 52, um despiste colocou-o fora de pista. Assim sendo, o segundo lugar era o suficiente para ser tri-campeão do mundo, na menor diferença de sempre na Formula 1: 0,5 pontos.
Em 1985, Lauda partia para a sua 13ª temporada. Tinha agora 35 anos, e a sua carreira de piloto de Formula 1 estava a aproximar-se do seu fim. Contudo, decidiu-se a mais uma temporada onde não conseguiu grandes resultados, claramente batido por Alain Prost, que ia finalmente a caminho do seu primeiro de quatro títulos mundiais. Contudo, Lauda deu um ar da sua graça, ao ganhar uma última vez em Zandvoort, antes de no final da temporada anunciar que se retirava de vez do automobilismo. Nesse último ano, Lauda foi décimo classificado na tabela de pilotos, com 14 pontos.
A sua carreira na Formula 1: 171 Grandes Prémios, em treze temporadas, 25 vitórias, 54 pódios, 24 pole-positions, 24 Voltas Mais Rápidas, alcançando 420,5 pontos no total. Alcançou o título de Campeão do Mundo de Pilotos em 1975, 1977 e 1984.
Após a sua carreira na Formula 1, dedicou-se a cem por cento à Lauda Air, que se transformou na segunda companhia de bandeira no seu país, explorando as rotas no Extremo Oriente. Contudo, a 22 de Maio de 1991, um Boeing 767 sofreu uma falha no computador quando sobrevoava o centro da Tailândia, e despenhou-se, causando a morte das 223 pessoas que iam a bordo. Foi a único contratempo na sua carreira como patrão da companhia. Em Novembro de 2000, a Austrian Airlines comprou a maioria das acções da sua companhia e expulsou Lauda da direcção. Sendo assim, voltou à Formula 1 no ano seguinte para ser o director desportivo da Jaguar, onde ficou até meados de 2002, sem resultados de relevo. No final dessa época, a Ford dispensou os seus serviços, e Lauda fundou a “Fly Niki”, uma “low cost” austríaca, agora detida em parte pela Air Berlin, que voa para mais de 20 destinos na Europa, incluído Lisboa e Funchal. Nas horas livres, comenta sobre Formula 1 na cadeia de televisão alemã RTL, onde os seus comentários coloridos fazem as delícias de todos…
Em termos familiares, Lauda já foi casado com Marlene, tendo tido dois filhos: Lukas e Mathias Lauda. Matthias tentou seguir os passos do pai, correndo na Formula 3000, na GP2 Series, no DTM e na A1GP, mas sempre sem grande sucesso. Corre agora na Speedcar Series, a nova série que faz lembrar vagamente a NASCAR… O seu irmão Lukas é o seu “manager”.
Fontes:
Bandeira da Vitória, Ed. Autosport, Lisboa, 1996
Grand Prix, Ed. Público, Lisboa, 2003
Juntando-se de novo a John Watson, seu companheiro de equipa pela Brabham, quatro anos antes, a vontade de correr tinha voltado. Restava agora convencer os cépticos de que a sua vontade de vencer não tinha esmorecido. Mas primeiro, tinha um problema político para resolver, em Kyalami, a primeira prova de 1982: a FISA tinha incluído uma “cláusula leonina” no caso da Super Licença, onde os pilotos estavam obrigados a assinar contrato por uma só equipa durante a temporada, mesmo que sejam despedidos a meio dela. Lauda denunciou a situação e organizou o protesto dos pilotos, fretando um autocarro e colocando-os no mesmo hotel, todos juntos, para evitar divisões, enquanto que o presidente da GPDA, o francês Didier Pironi, negociava a situação com Bernie Ecclestone e Jean-Marie Balestre, presidentes da FOCA e da FISA. Ao fim de um dia e meio, a clausula foi retirada e os pilotos voltaram a competir.
Lauda adaptou-se rapidamente ao meio: ganhou em Long Beach e depois em Brands Hatch, no GP da Grã-Bretanha. Acabou a temporada na quinta posição, com 30 pontos. Em 1983, a temporada foi pior, sem ganhar corridas, e ainda com a "humilhação" de não se ter qualificado para o GP do Mónaco. De resto, apenas dois pódios compuseram melhor a época. Mas em Zandvoort, estreia o novo motor TAG Porsche Turbo, e dá-lhe boas esperanças para 1984. Até lá, acaba a temporada com 12 pontos e o décimo lugar na classificação.
O ano de 1984 traz-lhe novo chassis, o MP4/2, e um novo companheiro de equipa: o francês Alain Prost. O motor TAG Porsche atinge o seu rendimento óptimo e Lauda tem de novo um carro competitivo. Ganha na Africa do Sul, em França, Inglaterra, Áustria (13 anos depois da sua estreia, ganha no seu pais!), e em Itália, no circuito de Monza. Contudo, a sua regularidade, especialmente na segunda parte do campeonato, fizeram com que estivesse na corrida pelo título com o seu companheiro Alain Prost. E tudo iria ser decidido na última prova do campeonato, no Autódromo do Estoril.
Partindo da 11ª posição, foi paulatinamente subindo na classificação, até ficar em terceiro, atrás do Lotus de Nigel Mansell. Contudo, o carro do piloto inglês debatia-se com problemas nos travões, e à volta 52, um despiste colocou-o fora de pista. Assim sendo, o segundo lugar era o suficiente para ser tri-campeão do mundo, na menor diferença de sempre na Formula 1: 0,5 pontos.
Em 1985, Lauda partia para a sua 13ª temporada. Tinha agora 35 anos, e a sua carreira de piloto de Formula 1 estava a aproximar-se do seu fim. Contudo, decidiu-se a mais uma temporada onde não conseguiu grandes resultados, claramente batido por Alain Prost, que ia finalmente a caminho do seu primeiro de quatro títulos mundiais. Contudo, Lauda deu um ar da sua graça, ao ganhar uma última vez em Zandvoort, antes de no final da temporada anunciar que se retirava de vez do automobilismo. Nesse último ano, Lauda foi décimo classificado na tabela de pilotos, com 14 pontos.
A sua carreira na Formula 1: 171 Grandes Prémios, em treze temporadas, 25 vitórias, 54 pódios, 24 pole-positions, 24 Voltas Mais Rápidas, alcançando 420,5 pontos no total. Alcançou o título de Campeão do Mundo de Pilotos em 1975, 1977 e 1984.
Após a sua carreira na Formula 1, dedicou-se a cem por cento à Lauda Air, que se transformou na segunda companhia de bandeira no seu país, explorando as rotas no Extremo Oriente. Contudo, a 22 de Maio de 1991, um Boeing 767 sofreu uma falha no computador quando sobrevoava o centro da Tailândia, e despenhou-se, causando a morte das 223 pessoas que iam a bordo. Foi a único contratempo na sua carreira como patrão da companhia. Em Novembro de 2000, a Austrian Airlines comprou a maioria das acções da sua companhia e expulsou Lauda da direcção. Sendo assim, voltou à Formula 1 no ano seguinte para ser o director desportivo da Jaguar, onde ficou até meados de 2002, sem resultados de relevo. No final dessa época, a Ford dispensou os seus serviços, e Lauda fundou a “Fly Niki”, uma “low cost” austríaca, agora detida em parte pela Air Berlin, que voa para mais de 20 destinos na Europa, incluído Lisboa e Funchal. Nas horas livres, comenta sobre Formula 1 na cadeia de televisão alemã RTL, onde os seus comentários coloridos fazem as delícias de todos…
Em termos familiares, Lauda já foi casado com Marlene, tendo tido dois filhos: Lukas e Mathias Lauda. Matthias tentou seguir os passos do pai, correndo na Formula 3000, na GP2 Series, no DTM e na A1GP, mas sempre sem grande sucesso. Corre agora na Speedcar Series, a nova série que faz lembrar vagamente a NASCAR… O seu irmão Lukas é o seu “manager”.
Fontes:
Bandeira da Vitória, Ed. Autosport, Lisboa, 1996
Grand Prix, Ed. Público, Lisboa, 2003
2 comentários:
Tenho um ódio de estimação pelo Lauda. Jamais perdoarei ter roubado o titulo ao Prost por MEIO ponto (e tudo por causa da malfadada corrida do monaco...).
A culpa não foi do Lauda, nunca foi Prost caiu na própria mutreta, em Mônaco para não perder para Senna comunicou varias vezes que com a chuva era impossível de guiar, e o Ayrton Senna vinha tirando vários segundos por volta e mais uma volta o passaria fácil, para evitar o vexame do Senna sair lá te trás e passar as duas McLarens e o Forte do Prost nunca foi chuva Balestre resolveu interromper a prova onde se tinha toda condição de terminar por meios legais, Pros ganhou, porém os pontos foram divididos e o castigo pela armação veio a galope, se o Senna terminasse a prova em 1° os pontos fossem normais o Prost teria sido campeão com folga sobre o Lauda, se é para ter raiva de alguém é do Próprio Prost e do Balestre
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