Em dia de meu aniversário, decidi dar uma prendinha a mim mesmo e aos meus visitantes. Vou falar do que é provavelmente, o Formula 1 mais marcante de sempre, o desenho mais genial saído da pena de Colin Chapman, ajudado por Maurice Phillipe, e um recém-chegado da BRM, Tony Rudd. Eo desenho era tão genial, que teve uma duração superior ao normal, e continuou a ser um carro vencedor. Hoje é dia de falar do Lotus 72.
Em termos mecânicos, o Lotus 72 foi o primeiro carro a ter os travões de disco internos, e tinha também molas de torção tanto à frente como atrás. Em suma, um carro totalmente revolucionário.
Depois de resolvidos os problemas de juventude, o Lotus 72 tornou-se numa máquina imbativel, pois Rindt ganhou na Holanda, França, Inglaterra e Alemanha, para além do Mónaco, onde ganhou com o modelo 49. Rindt estava destinado a conquistar o título, mas a 5 de Setembro de 1970, quando tentava fazer a pole-position num modelo 72 sem asas, os travões falharam na travagem para a Parabólica e o austriaco sofreu um acidente fatal.
Os Lotus retiraram-se dessa corrida, mas depois prepararam dois modelos 72 para o seu substituto, o sueco Reine Wissell e um novato de 23 anos chamado Emerson Fittipaldi. A ideia era fazer com que impedissem o assalto de Jacky Ickx às suas hipóteses de título. O plano foi aplicado no circuito americano de Watkins Glen, onde funcionou na perfeição, pois Fittipaldi ganhou e Wissel foi terceiro, ambos à frente do Ferrari de Ickx. Com isto, a Lotus venceu ambos os títulos de pilotos e construtores.
Em 1971, o desemvolvimento do Lotus 72 foi um pouco travado devido aos esforços de Chapman para desenvolver o fracassado Lotus 56 Turbina, e os resultados foram modestos, onde nem conseguiram vencer qualquer corrida.
Mas as coisas mudaram radicalmente em 1972. Depois de abandonar o modelo 56, Chapman, Phillipe e Rudd modificaram o carro, no sentido de o tornar ainda mais eficaz. O modelo D tinha uma nova tomada de ar e suspensões redesenhadas no sentido de se tornarem mais eficazes. O motor ganhou uma nova evolução, e os pneus Firestone fizeram o resto. Contudo, para o público em geral, a modificação foi visual. A Imperial Tobacco decidiu mudar a marca que estava a patrocinar, e passou da Players Cut, vermelho e dourado, para a John Player Special, negro e dourado. O mito estava criado.
Em 1972, Fittipaldi dominou a temporada, ganhando cinco corridas (Espanha, Belgica, Inglaterra, Austria e Itália), vencendo o seu primeiro título mundial, e tornando-se no piloto mais novo a consegui-lo. As coisas pareciam caminhar para um dominio maior em 1973, com Fittipaldi e o seu novo companheiro, o sueco Ronnie Peterson. Mas eles tinham um novo fornecedor de pneus, e do entusiasmo inicial (vitórias na Argentina, Brasil e Espanha), veio o deserto, e o favorecimento de chapman a Peterson, fazendo perder o título a favor de Jackie Stewart. contudo, conseguiram ganhar pela terceira vez o título de construtores.
A partir de 1974, agora com o belga Jacky Ickx ao volante, Chapman coloca uma versão E, mas já pensa no carro seguinte, o Lotus 76. Contudo, os testes com este carro revelaram que o modelo tinha muitas falhas, e os pilotos pediram para voltar ao já velho modelo 72. Foi com ele que Peterson ganhou três corridas (Mónaco, França e Itália), conseguindo o quinto lugar no Mundial de pilotos.
Em 1975, Chapman ainda investiu no modelo 76, mas verificou que era uma perda de tempo, e perferiu puxar ainda mais por uma máquina já velha e desusada, superada por modelos mais novos e velozes, como o Ferrari 312T, o McLaren M23, o Brabham BT44 ou até o Tyrrell 006... nesse ano, o melhor que conseguiram foi um segundo lugar no infame GP de Espanha, em Barcelona, através de Jacky Ickx.
3 comentários:
Fantástico, Speeder.
O Lotus 72 é fantástico, assim como sua história e seus projetistas (ninguém sabe por que Pilippe se suicidou, ou sabem?).
Até hoje me arrependo de não ter comprado uma miniatura dela no começo do ano por 15 euros... Era do Fittipadi (prefiro a do Ickx), mas ainda assim era linda
Essa pintura e esse design são os mais lindos de todos os tempos da formula 1, sem sombra de dúvida.
O maior carro da história da F1: valeu, Speeder!
Se puder, conta mais.
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