A noticia sobre o falhanço do acordo entre FIA e FOTA levou a várias reacções nos quadrandes da Formula 1. Se do lado da FOTA, os contrutores mantêm-se unidos e apoiam a decisão de abandonar a competição, com a hipótese do campeonato paralelo a ganhar cada vez mais força, do lado da FIA, Max Mosley demonstra que não está preocupado com um eventual abandono da Ferrari e demais equipas da Formula 1.
"Não creio que o façam [deixem a F1]. Há esta ideia de que há algum tipo de crise, mas eu não acredito que haja crise", afirmou Mosley ao Autosport.com. "Eu ficaria muito surpreendido se a Ferrari abandonasse mesmo, porque têm dito que vão sair mas entraram [hoje] com uma acção nos tribunais para impedir que as regras sejam alteradas. Se eles fossem mesmo sair, seria de pensar que eles apenas abandonariam. Mas em todo o caso, isso não será um problema ao longo de grande parte do ano, ou dez meses", concluiu.
Depois disso, falou sobre as hipóteses de aparecerem novas equipas no pelotão da Formula 1, como a Lola, que confirmou hoje a sua presença:
"Agora que isso foi feito, as novas equipas irão candidatar-se e vamos analisá-las e tomar uma decisão. Na altura, provavelmente existirão mais algumas vagas, e talvez outras equipas decidam entrar mais tarde, dependendo dos casos. Não haverá nenhuma crise até Março de 2010, que é quando vamos para Melbourne. Há imenso tempo", reforçou o homem-forte da FIA.
Por outro lado, a posição da Ferrari foi apoiada por outras equipas, como a Toyota, cujo presidente, John Howlett, veio a público apoiar tal decisão: "Sei que a Ferrari tomou algum tipo de acção legal, e do ponto de vista da Toyota percebemos a posição deles e apoiamo-los", afirmou Howett.
Entretanto, ainda hoje, o hepta-campeão do Mundo, Michael Schumacher, que tem estado silencioso nestes ultimos tempos, veio a público defender a posição da Ferrari, e dizer de sua justiça sobre o que aconteceria à formula 1, caso a Ferrari abandone a Formula 1 no final do ano: "Apoio-a totalmente. A Ferrari é uma parte imensamente importante da Formula 1, que sem ela seria uma série de segunda categoria. Aquelas ideias de tecto orçamental e liberdade técnica sugeridas pela FIA não têm sentido para nós. Dever-se-ia iniciar de imediato um diálogo entre as partes para se chegar a um compromisso que permita [à Ferrari] ficar", afirmou o agora conselheiro da marca italiana.
"Para mim, seria inimaginável uma Formula 1 sem a Ferrari", finalizou o alemão.
2 comentários:
É a grande chance do Mosley se tornar independente das montadoras. Se ele estiver levando ele mesmo a sério, está contando com Brawn, Williams, USGPE, McLaren, Lola, alguns gatos pingados oriundos da GP2 e algum ou outro que aparecer. Por outro lado, se a cisão acontecer, não acerdito nas outras se juntando para criar outra categoria, como aconteceu com a CART e IRL. Mas, acho que a FIA dá o braço a torcer, como sempre, e dá a Ferrari o que ela quer.
Olá, Speeder!
Sou ferrarista e acho que a Fórmula 1 vai ficar um pouquinho mais sem graça sem a Scuderia, mas só um pouquinho...
A Fórmula 1 se sustenta, com certeza, sem a Ferrari e vice-versa. A posição da Ferrari, hoje, de entrar na justiça contra a decisão, mostra que os italianos não estão tão certos assim de deixar a categoria. Provavelmente sabem que, "entre mortos e feridos" eles perdem mais do que a FIA com a retirada.
Mas, como bom tifosi, torço pra que nada disso aconteça e continuemos a ver a Fórmula 1, com Ferrari na pista.
Um abraço!
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