terça-feira, 12 de maio de 2009

Historieta da Formula 1: O outro estrangeiro da Copersucar

Esta foto foi descoberta pelo Hugo Becker, que entregou ao Luiz Alberto Pandini, que por sua vez o transformou em "Mosca Blanca". Como são duas das personagens que muito admiro nesta Blogosfera automobilitica em português, decidi colocar aqui quer a foto e contar a sua história.


Todos sabem que Keke Rosberg correu na Copersucar-Fittipaldi em 1980 e 81, vindo no pacote da compra da Wolf, no final do ano anterior. Rosberg deu um pódio e seis pontos à marca, antes de se mudar para a Williams e tornar-se campeão do Mundo, depois de uma temporada sem pontos em 1981. Muitos pensam que Rosberg foi o unico estrangeiro a pilotar na equipa brasileira. Mas não foi assim, pois existe um outro estrangeiro a passar pela equipa de Emerson e Wilson Fittipaldi. Foi numa emergência, em 1975.


Nesse ano, Wilson Fittipaldi decidiu concretizar o sonho de colocar um carro brasileiro na Formula 1, constituindo a Copersucar, com ele como piloto. O chassis FD01, desenhado por um jovem Ricardo Divila, era belo, mas pouco funcional, e os resultados eram escassos. Na Austria, Wilson tem um acidente e as lesões sofridas o impedem de participar na corrida seguinte, em Itália. Sendo assim, pede a Arturo Merzário, que estava momentâneamente desempregado, para guiar o carro em Monza.

Merzário aceitou o convite e foi guiar o FD03 (que tinha sido lançado a meio da época, em Zandvoort), onde o qualificou na 26ª posição da grelha. Numa corrida onde o vencedor foi Clay Regazzoni, e o seu companheiro da Ferrari Niki Lauda confirmou o seu primeiro título mundial, batendo... Emerson Fittipaldi, Merzário levou o carro até ao fim, chegando na 11ª posição, a quatro voltas do piloto suiço. Na corrida seguinte, em Watkins Glen, Wilson Fittipaldi voltou a correr pela última vez na Formula 1.

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado pela citação, Speeder!!

A história da Copersucar Fittipaldi é daquelas que lamento não ter testemunhado a olho nu. É bem verdade que a Forti Corse foi uma equipe ítalo-brasileira e que a própria Prost teve Pedro Paulo Diniz como sócio do francês, mas equipe genuinamente brasileira, desde os mecânicos e cada parafuso do carro até a presidência, só a Copersucar.

E eu lamento muito por que imagino que, tão cedo, não verei um construtor brasileiro a arriscar a reputação buscando vencer na Fórmula-1 com sua própria equipe...